O Amor supera 'TUDO'

Ela estava sentada no banco da igreja olhando para todos a sua volta, pessoas desesperadas esperando por um milagre, talvez a cura, ou a espera de que Deus usasse de seu servo a dissesse que Deus daria dinheiro, riqueza, bens matérias, mulher, homem e tantas coisas fúteis que pessoas pedem a Deus sendo que muita das vezes nem é obrigação Dele dar, outros estavam ali pois por intervenção divina haverá de ter alcançado o que esperava e estava ali para agradece-lo e outro estavam ali pois se sentia bem naquele lugar que era o caso de Anne.

Anne, uma psicóloga e pediatra de seus quase trinta anos, uma profissional bem sucedida, casada, com uma filha de quatro anos, uma linda filha, delicada, uma linda família, mas de um tempo para cá um vazio a queria tomar para dentro de seu coração, mesmo não sabendo como mais tentava de todas as formas lutar contra, tirar aquele insano vazio que a tomava em nada, mas não conseguia torna-lo nada.

Casara-se cedo, não se arrependera um dia sequer de tal coisa, mas em seu pensar as coisas poderiam ser diferente, melhores até. Seu marido Gustavo o melhor homem do mundo, a entendia como ninguém, lhe tratava muito bem, a amava, sempre a surpreendia com flores, chocolates, cartões, bilhetes, e tantas outras lindas formas de demonstrar seu amor, mas Anne não conseguia se sentir feliz, com tanto amor que recebia e isso a atordoava.

“Será que terei que perder para começar a dar valor?”- Pensava Anne, ao perceber que dentro da igreja só estava ela e Sofie sua linda e adorável filha.

Anne saíra da igreja, caminhara até seu carro, com Sofie, ajeitara Sofie no banco traseiro. Sofie era tão linda, possuidora de um sorriso tão sincero, delicado e feliz, tão feliz que Anne chegara a se perguntar se Sofie sabia fingir pois, Anne pelo cansaço do trabalho ou pela correria do mesmo, não dava muita atenção a sua pequena menina, mas Sofie sempre olhava no fundo de seus olhos e dizia que a amava isso à deixava tão feliz e completa que se esforçava ao máximo para dar mais atenção à pequena.

_ Momy, onde vamos hoje?

_ Não sei querida, onde quer ir?

_ No carrossel.

Em New York, havia tantos lugares para passar um domingo, passear, fazer piquenique, mas Sofie sempre queria ir ao carrossel, Anne não entendia o que Sofie tão gostava no Carrossel, mas como Anne muitas vezes se sentia culpada pelo pouco tempo que passava com Sofie a levava, pois quando Sofie via o Carrossel ou nele estava seus olhos brilhavam de tal forma que, qualquer problema, angustia ou dor por Anne era esquecido, pois Sofie era sincera e sua sinceridade trazia ou coração de Anne paz.

Juntas, Anne e Sofie passaram o resto da manhã e parte da tarde brincando no carrossel e correndo uma atrás da outra, se divertindo, Anne fazendo seu papel de Mãe e Sofie sem fazer papel algum apenas sendo que mais gostava de ser e nasceu para ser a Filha.

_ Hora de irmos para casa coelhinha.

_ Já Momy?

_ Sim, sim, Dady, chegará em casa e estarmos lá para recebe-lo e o dar um grande abraço.

_ Faremos Muffles?

_ Uma ótima idéia Sofie, faremos Muffles e daremos um grande abraço no Dady.

_ Sim – dizia Sofie com os olhos brilhando e dando um lindo sorriso, ambos tão sincero e inocentes que Anne se sentia um boa mãe apesar de tantos problemas.

_ Para o carro mocinha.

_ Sim, sim.

Anne em toda a sua vida nunca tivera tantos momentos marcantes, mas com Sofie qualquer instante era bom, era marcante, pois era sincero. Sofie a trazia paz, pois em sua vida Sofie viera como um anjo para ajudá-la assim como seu marido Gustavo.

Gustavo e Anne se conheceram na igreja, aproximaram-se um do outro como grandes amigos ainda bem jovens, pois Anne como em boa parte de sua vida, estava a passar por uma grande crise, perdera pessoas muito importantes, mas com o tempo e a ajuda de Gustavo aprendera e encontrara pessoas magníficas que a ajudaram mesmo as vezes não merecendo ajuda alguma, assim como Gustavo que ajudara tanto que fizera com que o vazio que em seu peito estava fosse embora, pois começara a enxergar a vida de forma mais bonita e simples, pois Gustavo com sue jeito meigo conquistara Anne coisa que na qual Anne pensara que nunca seria conquistada, mas Gustavo conseguira torna-la uma mulher feliz, mas por outro lado a vida estava a tornando vazia e Anne não fazia idéia de como mudar ou porque daquele vazio.

Ao chegarem em casa Anne e Sofie eram recebidas por três cães lindos, Nina uma vira-lata branca e preta que era a preferida de Anne, Nala uma pastor alemão linda e Squiper um labrador com cara de invocado mas era só cara.

Sofie, desde que começara a andar aprendera a conviver com seus cães e como Anne e Gustavo, Sofie amava-os como se fosse da família e para ambos de fato eram.

Ambas, fizeram os Muffles, Anne como Sofia adorava a cozinha, apesar da bagunça que Anne tinha que limpas depois, Anne se sentia vida, fazendo algo com e feliz com Sofie, mesmo que no fundo sabendo que algo a corroia aos pouco, pedia sempre aos poderes divinos que nunca tirasse sues dois maiores tesouros, Sofie e Gustavo.

Depois que bagunçavam a cozinha e faziam Muffles, Anne levava Sofie para um banho e voltava para limpar a cozinha coberta de chocolate e farinha espalhada pelo chão e até um pouco de massa tinha no teto, Anne ficava pensando em como iria tirar a massa do teto.

“O que acontece com você Anne, porque não consegue ser completamente feliz como antes, o que te falta? Olhe a sua volta, linda filha, uma linda casa, um bom emprego, um marido excelente, o que te falta? O que te falta? Não sei, não sei!!” – Pensava Anne em prantos.

_ Alguém em casa? – Uma voz grossa e sem duvida a voz preferida de Anne – Oi meu amor.

_ Olá meu amor, demorou hoje em?

- Pois é um paciente deu trabalho e tive que ficar um pouquinho a mais... Como você está?

_ Estou bem.

_ Limpando a bagunça?

_ Como sempre - disse Anne com uma cara de feliz ao mesmo tempo cansada.

_ Cadê a coelhinha?

_ Se trocando no quarto.

_ Está cansada?

_ Não.

_ Está triste ou preocupada com alguma coisa?

_ Não também.

_ Não minta para mim, o que você tem? Seu olhar não nega.

_ Dadyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy...

_ Hey, Lithe Bear. Deixe-me ver, há algo de diferente em você.

_ O que Dady?

_ Não sei, olhe para ela Momy, sua coelhinha está diferente não está? – dizia Gustavo, sendo o melhor pai do mundo.

_ Sim Dady, vamos ver, a nossa coelhinha está diferente.

Anne ao dizer estas palavras olha para Gustavo que com um sorriso, começa a correr atrás de Sofie que com o sorriso mais lindo do mundo grita. Juntos correm os três para a sala e se jogam no chão.

_ Achei o que estava diferente em você coelhinha – dizia Gustavo quase sem fôlego com Sofie em seus braços a levantando para o alto e Anne ao seu lado fotografando.

_ O que Dady? O que? – Sofie no alto quase chorando de rir dizia.

_ Você cresceu, um centímetro ou menos, mas que fez toda a diferença, está mais linda como sua Momy, seu sorriso está mais perfeito assim como o de sua Momy e a amo muito mais que ontem assim como eu amo loucamente sua Momy.

Anne não tinha motivos para tristeza, não existia naquele exato momento o porque, não existia explicação para tristeza ou vazio, a tristeza naquele momento era o ultimo sentimento de uma lista quase infinita de coisas e sentimentos bons que deveria aparecer naquele momento, mas estava aflorando.

“Tristeza cai fora, não tem espaço para você aqui, será que você não vê isso? Vai embora” – Ordenava Anne tentando acabar com a tristeza.

_ Dady te amo, Momy te amo.

_ Nós te amamos também meu pequeno urso.

Por um tempo a família quase perfeita ficaram se acariciando, se amando, sendo o que Anne mais gostava de ser, sentindo o que Anne mais gostava de sentir, mas por um lado aquele inútil sentimento de vazio e tristeza ainda tentava entrar por varias formas.

Sofie fora brincar com seus cães no amplo quintal de sua ampla casa, Gustavo fora se limpar para o jantar e Anne fora prepará-lo.

_ Hum, que cheiro adorável, o que teremos hoje?

_ Seu prato preferido, Lasanha.

_ Há que bom, estou faminto. O que você tem hoje meu amor? Parece distante, não está sendo Anne mesma hoje. O que foi?

_ Não sei, acorde estranha esta manhã e estou assim o dia todo, não sei, um sentimento estranho, ruim, como se eu não fizesse nada certo, como se eu fosse um nada, um vazio que me invade me impedindo de ser quem eu mais amo em ser, a essa altura nem sei se eu existo, não consigo mandar esse sentimento embora, eu posso estar no momento mias perfeito mais ainda me preocupo com este sentimento então vivo o momento como o todo e isso... – não conseguia continuar a dizer uma sequer palavra, pois as lagrimas tomara o lugar das palavras e a única coisa que consegui era olhar nos olhos de seu amado e abraça-lo.

Gustavo ao ouvir as palavras aflitas de Anne, só pode retribuir o abraço e no silencio da tristeza em que seu coração adentrava procurou forças para dizer o que tinha que dizer e na hora certa de dizer.

_ Eu te amo, você sabe disso, não se preocupe, tudo se resolverá, nada irá mudar quem você é ou o que quer ser você é uma ótima mãe, uma ótima psicóloga e medica, ainda mais importante ótima em ser a minha mulher, minha esposa, minha companheira, você é ótima em tudo, não deixe que esse sentimento horrendo a tome, pois você é capaz de torna-lo pó ou mais, torna-lo em nada, já fizera isto antes e pode fazer melhor até.

Anne ouvira cada palavra de seu amado com atenção e apreciação, como um Dejavu, um filme passara em sua cabeça, e nos braços de Gustavo derramara lagrimas, lagrimas de vários sentimentos, medo, compreensão, angustia, felicidade em ter Gustavo em sua vida e naquela momento e ter Sofie como filha, tristeza em pequena escala, mas uma tristeza , mas mesmo com tantos sentimentos alguns incontáveis, Anne possuía uma certeza desta não duvidava nunca, de que com Gustavo e Sofie tudo se resolveria, pois o que exalava de ambos para com ela era algo tão grande, algo que quebraria barreiras, moveria montanhas e a tornaria melhor do que já fora e do que era.

_ Eu te amo Gustavo, te amo demais, te amo tanto que não saberia viver sem tê-lo.

Gustavo não sabia o que dizer, pois um medo invadiu-o, pois Anne sempre fora frágil, tanto por for quanto mais ainda por dentro, pois sua vida a tornava desta forma, mas Gustavo quando se casara com Anne, fizera uma promessa e a cumpriria, nunca a deixaria, estaria ao seu lado por toda a vida, mesmo nos momentos mais difíceis e cumpriria sua promessa custe o que custeasse.

Os dias foram se passando Gustavo pedira algumas semanas de folga do hospital para passarão lado de Anne, juntos e com Sofie, foram viajar, visitaram a Alemanha, que era o sonho de Anne e Gustavo conhecer aos poucos Anne fora se acostumando em se sentir bem e sem a tristeza, quando Anne fora perceber que estava bem Anne estava segurando em seus braços outro anjo de que chamara de Benjhamin, outro anjo de sinceros olhos.

Anne percebera que a tristeza era algo que não queria deixar a felicidade chegar, percebera que nada é mais valioso do que o amor ou tentar lutar por ele ou pela alegria, alegria de viver, alegria de se sentir bem, se sentir viva, completa ao lado de quem se ama, ou a caminho do que se pode amar, Anne percebera que depois de algo ruim ou duvidoso sempre vem algo tão grande que o vazio não existe e que a tristeza é simplesmente NADA, NADA que se lutarmos de fato ela se torna em nada, mas é se lutarmos e sim o amor supera tudo.

Camila neves
Enviado por Camila neves em 19/03/2010
Código do texto: T2148147
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.