O Diário de uma bêbada

Entre ser sóbria ou embriagada a visão distorcida entre a dualidade.

Em algum lugar do passado, em uma sexta feira após ter tido uma semana turbulenta

Foi a hora de esquecer tudo e meter o pé na jaca...

Liga o automático, fica mais bonito do que ligar (F) vamos que vamos.

É a tal coisa, quem ta na chuva é para se molhar. Para mandar tem que saber fazer.

Para ser original tem que vivenciar. E quem disse que uma bêbeda não tem história?

Sóbria nem pensar, é preciso se embriagar deixar a dor sangrar a alma, se flagelar, a cachaça no dia seguinte vira urina.

Andando sem rumo, embriagando-se, sonhando na sua estupidez repetida da embriaguez.

Do que vale a insensatez? Ser maluco sem beleza permanecendo na avareza do ser esquecido. É melhor viver assim do que achar que parou no tempo em razão da dor.

Delinqüente da própria mente, sofrimento sabido ou adquirido para crescer na dor. Que sabor infeliz de chorar e achar que é preciso para crescer, cadê a lucidez?

Quantas vezes achamos que somos donos de nós, que estamos com a razão. De repente aparece o tal amor de mansinho, vai conquistando ao invés de se prevenir o ser humano vai se aquietando e gostando de ser iludido mais tarde vai acabar se afogando em dor, o vulcão no peito com todos os efeitos como se não soubesse o que está acontecendo.

Fácil falar na teoria "tudo passa, amanhã é outro dia..." Com um relacionamento que não tem entendimento faz perder o chão, a razão. Não há sabedoria, é via única!

O coração se atrofiando, é sufocante a vontade de gritar a qualquer hora e em qualquer lugar, o mais fácil foi se embriagar, tentar lembrar o caminho e chegar em casa aos tropeços, sem fazer barulho para não acordar os que dormem, tudo isso consciente.

A sensação de que o mundo dava voltas, a escuridão tomou conta dos pensamentos, cadê o avivamento? Foi quando, por um momento, com toda embriaguez, a presença de amigos o invisível se tornou visível para mim e a lucidez se fez presente, estancou todos os sentimentos de uma fragilidade sem tamanho, tudo parecia lúcido, a consciência junto com a emoção mostrando que era necessário superara situação. Por uns segundos a duplicidade da própria imagem, a certeza que tudo que estava passando era para o próprio bem....

O que fazia pensar que nesta vida, por amor, não fosse chorar até se embriagar?

Quem nunca sofreu por um amor? Ninguém escapa, quem não passou, vai passar.

Na ausência de te a vida vai continuar, há quem diga que a dor de um amor infeliz com outro amor vai curar.

Uma noite de embriaguez, em cada lágrima poder dizer: Tu me fez falta, a dor foi tão forte que pensei que não iria agüentar, o desafio é saber curar-se com muita lucidez. De nada adianta a embriaguez, as raízes se secarão e uma nova página da vida vai iniciar.

O amor sem máscaras poderia ser pior, curada da embriaguez termino com lucidez.

Embriagada pelos versos outras histórias que contarei.

Maria Mendes
Enviado por Maria Mendes em 19/04/2010
Reeditado em 26/04/2010
Código do texto: T2207135
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