Serenata me mata

Eu vou voando aqui do alto preto, mas não sou morcego não precisa ter medo.

Você num infinito quadrado to teu quarto, eu vi da arvore pendurado.

Outro dia serenata violão e flauta, tua mãe tão chata acordava todo mundo,

teu pai na sala rabugento surdo.

A policia foi chamada, tropa de choque e eu sem entender nada, tocando cantei.

Meu parceiro flautista,nem sabia contrabandista, chefe de quadrilha, preso calando a melodia.

O povo se divertia, na expectativa de um lado o meu amor de outro a policia e agora ?

ai meu Deus!

um bêbado ali do lado, fez um pedido ao delegado prenda também a voz dele é um horror.

e disse q eu cheirava cola, procedência duvidosa, incendiário de escola, e vivia a pedir esmola.

Partir para o desespero, em pânico escalei o velho pinheiro você ria até chorava.

seu pai soltou o cão de guarda e me seguiu com a sua velha espingarda,

pensando ser ladrão, bendita mal audição.

Uma vacina antitetânica por conta da arma do velho enferrujada,

o braço dilacerado, estando vivo não foi nada e uma mordida nas nádegas.

serenata me mata, me fere, me dilacera e me consome,

uma carta no hospital com o seu nome.

tão sexy açucareira, cheia de doce vinha a enfermeira,

de jaleco e mascara pôs o remédio na mesa.

toda ela, era ela, trazendo a cura a mesma menina da janela

meu amor me dar a cura.

um beijo curativo, um sorriso lindo tirando esparadrapos,

entre anestesias e morfinas eu relaxo.

Edilson Alencar
Enviado por Edilson Alencar em 07/05/2010
Reeditado em 20/05/2010
Código do texto: T2243530
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.