Ir para a Lua de carona com o amor.

Ela o amava.

Ele a amava.

Mas eles não sabiam dos sentimentos que nutriam um ao outro.

Ele a convidou para caminhar á noite, só os dois de mãos dadas, iluminados e protegidos pelas estrelas.

Ele se declarou:

_ Você é minha vida, tudo o que sonhei para mim um dia, que eu achei que nunca se realizaria.

E ela respondeu:

_ Você é meu presente, minha estrela cadente, que o céu reluzente mandou para mim.

Ela nunca falara tão docemente.

Ele começou a suar, seu coração acelerou, as palavras correram, sua voz ficou tremula.

A reação dele não tinha como ser outra, ele a abraçou, sentiu seu corpo se colar com o dela, a sentiu desmanchar em seus braços, ele a beijou.

Ela quando sentiu aquele abraço, de um braço magro, mas forte, seguro, ela entregou toda sua vida nas mãos daquele homem de cílios e olhos grandes, de cabelo encaracolado e comprido.

Naquele momento o relógio parou, o canto da coruja cessou, a paz se alastrou no céu a estrela mais forte brilhou, como pontos brilhantes irradiou, o amor finalmente se mostrou, o beijo para a Lua os levou.

Chegando à Lua sentiram um cheiro de jasmim – o amor deve cheirar assim-.

Ouviram uma música doce ao fundo, sentiram a paz florescer. Caminharam horas e horas pela Lua, quando finalmente regressaram.

Ele sem jeito falou:

_ O amor que antes eu sentia, e que no meu peito doía, cresceu ainda mais, rompeu as barreiras do pensamento, chegou ao infinito. Te amo como nunca amei ninguém

Ela com lágrimas nos olhos respondeu:

_ Com você ouvi a música do universo do amor, senti o cheiro de sentimento tão nobre e sublime, paramos o tempo, senti o amor de verdade nos braços daquele que a noite me consagrou.

Desse dia em diante não houve chuvas de meteoros, buracos negros, superaquecimento global, chuva de ácido, enfim não houve nada que destruísse, ou mesmo que fizesse o tempo acelerar por um só segundo, pois eles se amam de verdade, e em uma relação é isso que importa- o amor, o tão sublime amor.