ELE

Ele era importante por demais, sabia disso e se fazia de inocente, amava a muitas, era amado por um outro tanto, mas entre tantos amores, prazeres, um era especial e perturbador. Melhor ignorá-lo.

Impossível ignorá-lo, ele estava ali, dentro do ser, por mais que se fazia, nada o retirava de lá.

O que fazer? deixa acontecer. Se morrer é porque o tempo dele acabou. Mas se permitir, ele pode ir além do aqui. Quem sabe? Só não tente sufocá-lo, isso é pior, só aumenta-o em ti mesmo, ai vira tortura de amor.

Bom mesmo é ficar de fora e observar as armadilhas que a vida arma, e quem brincava com o amor, acaba refém dele, liberdade agora, só na prisão a um outro coração, que sabe amar em liberdade, voar juntos para a eternidade que parece distante, mas que está no momento seguinte do agora.

De fora, também é uma forma de interferir. Isso não é legal, nesse jogo, é muito inteligente saber a hora exata de sair das rodadas, que vão ficando pesadas e sem emoção. Ainda mais se pinta brigas. Isso é o fim para mim.

Glória Cris
Enviado por Glória Cris em 02/11/2010
Reeditado em 29/05/2011
Código do texto: T2591957