A bomba no hospital
Um forte cheiro de fumaça tomou o ar, que ficava a cada momento mais denso e sufocante.
---- Letícia! Letícia! Corre que o prédio vai explodir em quinze minutos!!! - Grita histérico Marcos.
---- Como assim? - Pergunta Letícia pela janela.
---- Um louco colocou uma bomba? Os bombeiros não vão chegar a tempo!
Letícia saiu correndo, avisando as outras pessoas que fizeram o mesmo, mas, chegando ao fim do corredor, a porta estava como sempre, trancada.
---- Como vamos abrir?
---- Eu abro!
Fortes pancadas do lado de fora da porta denunciavam a força de Marcos e mais alguns amigos na tentativa heroica de salvar mais algumas peles além das suas.
--- Vai explodir! Vai explodir! - Gritavam todos enquanto corriam para abandonar o prédio, o panico foi tão grande que até os médicos e enfermeiros acompanharam os pacientes daquele hospital psiquiátrico até o lado de fora.
Quase trinta minutos depois, um médico, um pouco mais calmo com a ausência de explosões, pergunta:
---- Afinal? Quem disse que o prédio iria explodir?
---- Ah! Foi o Marquinhos – disseram vários pacientes em coro.
---- Ufff! Todo mundo pra dentro. Cade o Marquinhos?
---- Acho que fugiu com a Letícia! - O enfermeiro arrisca um palpite.
---- Primeiro colocamos todo mundo no lugar e depois caçamos os dois!
Após quase uma hora arrumando a bagunça, o médico contempla um monte de palha verde, que fez a fumaça inicial que gerou toda a confusão. Longe dali, dois fugitivos conversam:
---- Falei Letícia, que me colocaram na ala errada!
---- Deviam ter colocado na dos gênios!
---- Não! Naquela dos perigosos!
---- Mas você nem fez uma bomba de verdade, só tacou fogo num monte de palha!
---- Me beije Letícia...
Contemplando o céu, após um beijo a tanto desejado, dois fugitivos, um deles bastante perigoso, observam o fogo e a fumaça que podia ser vista a quilômetros de distancia.
---- Viu? Eu fiz uma bomba mesmo... Mas não queria arriscar de explodir você e eu junto.
---- Assim eu fico louca por você! Eu te amo!
---- Eu também te amo!
=NuNuNO==
( Que acha que o amor é uma coisa linda, as consequências, nem sempre )