Girassol

Não sei se tenho mais a descobrir Girassol, porque saber por você que amar não é verdade significa tão pouco. É difícil acreditar que tantas coisas pode se sentir por você, e é verdade que tão poucas coisas foram demostradas pelo quanto se sentiu. Não é verdade que o perdão do homem é falho? Eu às vezes custo acreditar isso. Porque eu tenho perdoado tão pouco diante de minha dor, talvez se eu isolasse o medo pudesse adquirir um pouco mais de consequências. Onde falhamos, Girassol? Tenho visto que a culpa não se vivencia únicamente e desesperar-se foi o maior erro da minha vida, tenho discoberto novas barreiras, mas nenhuma tem valencia se não a de te esquecer. Talvez eu não quisesse verdadeiramente e talvez, também isso seja uma forma de me acomodar a dor, porque tão pouco digo diante do que sinto. Você pode contribuir por mais um tantinho de culpa? Porque amar de verdade não é ultrapassar barreiras, mas sim destrui-las. Não acho que tenha sido um erro precipitar-se demais, porque diante disso eu pude desistir de jogar o amor pela janela, eu não quero contribuir para o vazio que aqui está, então por favor não se acomode se não for por verdadeiramente permanecer aqui.

Só agora pude ver o quanto perdi em te perder, e é verdade que sinto inveja do sol que te toca e transforma esse verde nos seus olhos, mas as manhãs cariocas não tem mais sol, cada hora o tempo toca um enrredo diferente. É, eu sei que você nunca precisou estar aqui e que amar para você é se sentir seguro, ainda posso lembra dos tempos que você me amava, mas as lembranças de você dizer que me ama se tornaram escaças diante de tanta história. Eu gostaria de ter mudado algo dentro de você, mas o que prevalece é a sua única vontade, e a sua única vontade desistiu de me amar.