Caminhos!

Miles acordara aquela manhã pedindo que coisas boas acontecessem, pois, não agüentaria outra decepção, não daquela vez. Ficara a semana planejando aquele final de semana, pois queria conseguir exatamente o que queria.

Levantara da cama em salto com o telefone a tocar. Ao ouvir a voz do outro lado por um instante enchera-se se esperança, mas logo fora tomada por uma aflição, encolheu-se e sentira-as muito mais inútil do que o normal.

_ Miles? Sou eu Jules.

_ Oi. O que foi, pareces em prantos, o que houve?

_ Não estou bem, será que podes vir aqui?

_ Sim, mas o que aconteceu?

_ Apenas venha logo – disse aos sussurros desligando o telefone.

Miles estava em pânico, pois Jules tinha motivos para praticar qualquer tipo de coisa que a machucasse e bem sabia Miles que Jules não hesitaria em fazer qualquer coisa. Miles tinha medo, pois se algo acontecesse a esta sua vida não se encontraria novamente em nada ou a alguém, então logo se dirigiu a casa de Jules.

Durante o caminho, se lastimava pelo infortúnio na qual se metera aquela manhã, pois planejava pedir Jules em casamento naquele dia, mas previa que algo ruim a acometia e não poderia tal coisa fazer.

Logo que chegara ao apartamento de Jules, Miles entrara sem ao menos falar com o porteiro apenas entrou no elevador, pois sua preocupação era maior. Subira degrau a degrau com uma aflição perturbadora em seu peito.

_ Jules? – gritara ao abrir a porta do apartamento – Onde estás?

Miles andando atenta pelo apartamento a procura da bela moça, até encontrá-la deitada ao chão, com suas mãos e braços a escorrer sangue. Um sangue tão vive e intenso que por um instante fizera Miles se perder sem ao menos saber o que de fato déia fazer.

_ Jules, o que fizera? Jules por favor, acorda, por obséquio não me abandona.

Miles com sua amada em seus braços segurava-a, abraçava-a, gritava dolorosamente. Criando forças, segurara-a mais forte em seus braços e saíra a carregar porta a fora.

Saindo correndo do prédio, entrara em seu carro, colocara-a no bando passageiro dera partida em seu carro. Como se em suas mãos estivesse seu ultimo suspiro, como se em seus braços estivesse o ultimo e pequeno fio de forças, como se em sua mente houvesse o ultimo pensamento, um único mero pensamento de sanidade, correra para o hospital.

_ Alguém, por favor... Alguém... Preciso de ajuda... Alguém... Salve-a – fora as últimas palavras que conseguira proferir, pois suas forças, ali, naquele instante haviam se findado.

Entregara Jules a um dos enfermeiros e vira o amor de sua vida parti sem ao menos saber se voltaria- com vida – que como se fosse pra uma guerra, lutar contra a vontade insana da morte, para sobreviver, “ será que ela terá forças suficiente?” – perguntava-se em prantos.

Sentada no corredor do hospital Miles, depois de um longo momento sem conseguir pensar racionalmente, vendo suas mãos e roupas cobertas de sangue, decidira tomar para si forças que outrora a tomara, mas logo partira. Levantara-se, caminhara para o banheiro, onde começara a lavar seus braços e mãos, tirara o sangue de seu rosto, jogara água neste para ver se a tal sanidade voltava a sua mente.Enquanto procurava por tal sanidade, encontrara ao espelho seus olhos, na qual, confusos, desesperados e vazios encontrara-se

_ O que está acontecendo? – perguntava-se frente a sua mente e coração atormentados.

Em seguida fizera o que a anos não fazia, fizera o que a muito tempo, apenas como um nó em sua garganta vinha mas não saia, apenas preso ficava. Naquele instante conseguira chorar, conseguira ficar triste, conseguira sentir algo real.

Desde que conhecera Jules sua vida havia se tornado real, pois tudo que sentia e fazia era real, não era falso, não havia enganação, e de verdade Miles conseguia sentir coisas, sentir amor, talvez e aquele instante era importa para ela pois dentro dela conseguia sentir algo verdadeiro, nem que fosse a maior dor que nunca havia pensando em sentir.

Como se conseguisse respirar após a um longo instante, Miles lembrara do que Jules fizera consigo, pois a muito não sentia algo por alguém, mas aquela adorável e delicada jovem do sorriso meigo, a convencera que podai voltar a viver sem medo e o que esta estava a pensar? Tentar tirar a própria vida daquela forma? Era demais para Miles, era como se estivesse tirando sua motivação a viver, a razão de tudo.

Saíra do banheiro depois de um longo instante e fora procurar por noticias de Jules.

_Você estava com a garota...?

_ Sim, como ela está?

_ Precisa que alguém fale com ela, está um tanto atordoada, está chamando por Miles, é você?

_ Sim, esta sou eu.

_ Então entre e converse com ela.

Caminhando em direção ao quarto onde Jules estava, Miles sentia-se entranha, percebera e logo em seguida viera o choque, pois estava com medo, mas não sabia do que.

Abrira a porta do quarto e lá estava deitada na cama, com alguns aparelhos a sua volta e uma enfermeira que fazia curativos em vários cortes pelos seus braços, estava Jules, com um semblante caído e desmoronado a fitar o nada. Sem expressão alguma.

_ Oi! – exclamou Miles.

_ Oi. – disse Jules sem jeito.

_ Como se sente?

_ Péssima e você?

_ Não sei dizer... Machucada, por dentro – disse Miles aproximando-se pra perto de Jules, vendo a enfermeira sair do quarto – porque fez isso?

_ Sinto muito – disse de cabeça baixa fugindo do olhar doloroso de Miles – eu... Minha vida é... Tudo da errado, as pessoas não se importam, tudo desmorona...

Miles ouvira cada palavra proferida por Jules calada, emitir uma sequer palavra ou som, apenas fitava-a, dando a atenção que merecia naquele instante, mas dentro de seu peito cada palavra da bela jovem a feria, como se uma faca espedaçasse-a.

_ Terminou? – perguntara Miles, depois de um longo instante.

_ Sim.

_ Espero que encontre o que procura – disse Miles caminhando em direção a porta.

_ Aonde vais? – perguntara Jules sem saber o que estava se passando naquele instante.

_ Acabara de me excluir de sua vida, acabara de dizer que não me importo com você, que não a amo, que não a faço bem, que não só faço as coisas darem errado, que não faço diferença. Passou um instante se quer em mim, ou em nós, enquanto cortava seus pulsos? Eu a amo, mas não fez diferença alguma, pois enquanto minha alam era dilacerada e coberta de dor, tu se entregava nos braços da insana, medíocre e desesperada morte. Pensou um instante em mim? Em meu amor por ti? Em meu sentimento que crescera de fora tão brutal dentro de mim por você? Creio que não. Então pra que continuar aqui?

“Se não faço diferença em sua vida? Se tudo que fiz e me esforcei para ser e fazer por você não fez diferença alguma? Sinto muito se sua vida coisas ruins acontecem, mas na minha vida só aconteceu uma única coisa boa e esta quis ir embora sem pensar em mim...”

Entre lagrimas Miles olhara nos olhos de Jules e sem entender o que significava, vira a compreensão ou talvez a sanidade pairar nestes.

Jules não compreendia porque não enxergara tudo com clareza antes, pois, partiria e perderia a melhor e única pessoa que entrara em sua vida.

Durante muito tempo olhando para Miles, Jules não queria parar de olhar. Abraçara sua melhor amiga, o amor de sua vida, o único motivo na qual voltara a viver e o único motivo na qual continuara vivendo.

_ Me perda? – perguntara Jules.

_ Você me machucou Jules, me machucou demais...

_ Eu sei... Eu...

_ Só se casar comigo.

_ Como?

_ Casa comigo?

Jules sem pensar dissera sim. Ambas olharam-se por um longo instante e em seguida um longo beijo, que dizia que para as duas que uma pertencia a outra e cuidariam uma da outra, pois nem a gélida e vazia morte conseguira separa-las nada separaria.

Camila neves
Enviado por Camila neves em 08/06/2011
Código do texto: T3022227
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.