E quanto a você?

Ok, acabei invadindo os espaços que você criou para nos proteger. Desculpe, mas, sinceramente, eu prefiro estragar tudo a continuar espreitando as suas reações, ingerindo em doses homeopáticas o seu talvez. E, pasme: pela primeira vez, entre tantas outras vezes em que eu joguei tudo pro alto, eu não vou sair e curtir e beber e beijar e extravasar, assim mesmo, tudo de uma vez. Talvez um dia eu volte a ser o que era ou talvez as prioridades realmente tenham mudado, não sei. O que sei é que, por hoje, eu vou pra casa comer, descansar, ler, planejar e dormir bem. Me encher de cuidados, mimos, trabalho e cultura, tem sido ótimo pra mim, embora você discorde.

Espero que você cruze a linha imaginaria de “proteção” que você criou, que me ligue, que venha, que entre e encare o papel de protagonista que eu ofertei. Ou então não, continue longe, me observando, me desejando só pra você. Eu descobri que posso esperar eternamente. E quanto a você?

Denyse Barrêto
Enviado por Denyse Barrêto em 10/09/2011
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