VIRAMOS A PÁGINA... MAS A HISTÓRIA CONTINUA

Você liga diz estar com saudades... E eu

Fingir-se de desinteressada

Tenho um fundo suspiro de felicidade

Sabendo que em seu pensamento estou

Então você diz que estava a lembrar...

Dos bons instantes que vivemos

Respondo: Que bom... Às vezes também me pego

As recordações suaves

Lhe desperta um desejo expressado:

O bom tempo nos convida a passear em nome dos velhos tempos

Justifico com uma desculpa...

Por na ocasião estar atarefada

Você concordar contra a própria vontade

Percebo em sua voz certo desalento e incerteza

Mas sem perder a expectativa você diz:

Quando puder me liga

Dou uma afirmativa que sim

Tão logo haver disponibilidade

Sem crer muito que venha acontecer

Mesmo assim concorda e espera

Não posso dizer que nada sinto...

Nem tão pouco dizer que não quero

Se você soubesse... Que anseio tanto quanto você

Com todas as veras tenho medo

Medo de dar novo impulso a algo

Que deixei adormecido há um tempo já findo

Eu te tenho carinho e apreço e não posso

Comportar que morra esse afeto

Da ultima vez que arriscamos...

Levamos a termo nos magoar

Eu fui julgando encontrar o homem

Que foi um dia o grande amor de minha vida

E acabei por achar alguém

Totalmente diferente que eu considerava

Acho que esperei por de mais de você

E acabei por me decepcionar

Sei que tentou fazer tudo certo, mas aquele homem

Que estava do meu lado não era mais o mesmo

Equivoquei-me quando quis ser leal

E disse coisa que fora lhe ferir

Por muito você levou...

Para poder me perdoar

Pergunto eu agora:

Será que vale apena de novo tentar?

Afinal... Eu também mudei

Não sou mais a mesma mulher

Talvez... Mais madura

Mais consciente do que dantes

Fico pensando... O que ainda nos une?

Já se vão tantos anos e nossos caminhos se galgam

Será que não vivemos tudo que era para ser vivido?

Ou faltou algo para se viver?

Será um caso mal resolvido?

Ou ainda existe amor?

Não acho resposta só sei... Que em seu coração

Ainda faço moradia e você no meu

Temos acesso às aventuras subsistido

As loucuras que fizemos em nome do amor

Mas será que isto ainda nos cabe?

Ou devemos deixar reservado ao passado?

Nunca saberemos... São momentos difícil de apagar

Pois as sensações ainda nos são saudosas

Sei que tão logo irá sondar-me novamente

E eu... De certa forma a confiar que sobrevenha

Percebo que viramos a página... Mas a história continua

Só mudamos a contextura

Cristina Siqueira
Enviado por Cristina Siqueira em 30/12/2011
Código do texto: T3413353
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