-Mais doutor por favor, preciso me aposentar.
-Sem esse exame de tomografia, não posso fazer nada pelo senhor.
-6 meses de espera pelo SUS, preciso trabalhar.
-Eu também. Com licença, próximo.
Pahhhhh!!!!!
Uma batida de porta detrói parte dos sonhos de Marcos, portador de uma doença neurodegenerativa, pai de 5 filhos, precisa o quanto antes se aposentar.
Desempregado há mais de 7 meses, vende cocadas feitas pela sua mulher dentro dos ônibus; as vezes sobra algum dinheiro para comprar carne.
-Moça por favor, preciso desse exame o qanto antes. Diz Marcos aflito.
-Só daqui a 6 meses senhor. Próximo. Disse a atendente.
Marcos sai inconformado, parece ter o destino traçado com os olhos a chorar. Sabe que, ao chegar em casa os filhos com fome, sua cachorrinha já não atende mais pelo nome, tadinha tão magricela, sua mulher já não tem mais comida nas panelas, não sabe se vai aguentar.
-Deus meu Deus, o que eu faço? tudo que fiz foi errado e, estou aqui a pagar?
Desesperado, Marcos faz um assalto; ficou ali tremendo de medo, com a arma de brinquedo, esperando a polícia chegar.
Passando mal, o médico do presídio, viu que ele corria risco, precisava internar; submetido a uma tomografia, os médicos e enfermeiros, não entendiam a alegria que Marcos exibia. A doença não importava, pois Marcos ali estava, fazendo tomografia.
-Senhor juiz, não tenho estudo para falar com o senhor, mais posso falar da minha dor. O assalto foi uma saída, pois não suportava a agonia da minha familia, minha mulher. 6 meses é um absurdo, meu caminho é muito curto, preciso deixar pra eles o que comer.
Depois de tudo explicado, o juiz tirou a bata e, começou a enxugar as lágrimas.
-Grande cidadão, nos ensinou uma grande lição, não precisa mais chorar. Eu mesmo cuidarei dos seus papéis para você se aposentar. Vá, saia por essa porta de cabeça erguida, viva o resto de sua vida com o amor de sua família.
-Sem esse exame de tomografia, não posso fazer nada pelo senhor.
-6 meses de espera pelo SUS, preciso trabalhar.
-Eu também. Com licença, próximo.
Pahhhhh!!!!!
Uma batida de porta detrói parte dos sonhos de Marcos, portador de uma doença neurodegenerativa, pai de 5 filhos, precisa o quanto antes se aposentar.
Desempregado há mais de 7 meses, vende cocadas feitas pela sua mulher dentro dos ônibus; as vezes sobra algum dinheiro para comprar carne.
-Moça por favor, preciso desse exame o qanto antes. Diz Marcos aflito.
-Só daqui a 6 meses senhor. Próximo. Disse a atendente.
Marcos sai inconformado, parece ter o destino traçado com os olhos a chorar. Sabe que, ao chegar em casa os filhos com fome, sua cachorrinha já não atende mais pelo nome, tadinha tão magricela, sua mulher já não tem mais comida nas panelas, não sabe se vai aguentar.
-Deus meu Deus, o que eu faço? tudo que fiz foi errado e, estou aqui a pagar?
Desesperado, Marcos faz um assalto; ficou ali tremendo de medo, com a arma de brinquedo, esperando a polícia chegar.
Passando mal, o médico do presídio, viu que ele corria risco, precisava internar; submetido a uma tomografia, os médicos e enfermeiros, não entendiam a alegria que Marcos exibia. A doença não importava, pois Marcos ali estava, fazendo tomografia.
-Senhor juiz, não tenho estudo para falar com o senhor, mais posso falar da minha dor. O assalto foi uma saída, pois não suportava a agonia da minha familia, minha mulher. 6 meses é um absurdo, meu caminho é muito curto, preciso deixar pra eles o que comer.
Depois de tudo explicado, o juiz tirou a bata e, começou a enxugar as lágrimas.
-Grande cidadão, nos ensinou uma grande lição, não precisa mais chorar. Eu mesmo cuidarei dos seus papéis para você se aposentar. Vá, saia por essa porta de cabeça erguida, viva o resto de sua vida com o amor de sua família.