Très Très Désolée

Hoje fui traído – conseqüentemente massacrado. Talvez por alguém que pudesse ter mil faces. Talvez por alguém que me desse todo esse amor transformado em máscara. Talvez por uma transfusão. Fora disso, estive em plena solitude. Algo por onde todas as camadas pudessem passar despercebidas. Hoje encontrei um desamor, talvez por Bernard, talvez por Tony, talvez por um soluto da mente. Fora isso não houve se quer um amante completo que pudesse transfundir toda essa reação confundida por traição. Graças! Talvez eu fosse um filosofo. Fora de todo esse ritmo onde se encontra a filosofia... Onde eu possa parar, sem preencher esse ato de denominar uma única personalidade. Sem caráter! Esse seria teu último ato – Fora de mim.

Hoje fui traído – fui arrancado à pele a grito, até então, não se ouvia qualquer um, mas lá fora não há mais pelo que escapar. Talvez por Bernard, esse sim saberia como se reeducar. Talvez por Maurice, ou até mesmo por mim, Monique.

Sem que houvesse qualquer rancor, como uma dessas peças em que eu realmente, nem hesito em me certificar do fracasso. Porque era conseqüentemente uma opinião pública – Eu não poderia mais suportar, porque talvez eu tivesse chego ao ápice, longe dessa atenção, longe desses anos, longe dessa monstruosidade que talvez, só talvez, porque minha mente é cheia de incertezas, meu coração se enchesse de coragem e tomasse por si só alguma consolidação. Porque hoje, querido amigo, encontrei a infelicidade, lavei suas roupas, poli sua sala, a enchi de amor e só nas ultimas horas do dia, percebi que não encontrou desejo em meu corpo. Fui atraída por dois sóis: um eu só, e um eu só novamente. Sem você... Apenas a longevidade. E lá você irá partir sem mim, porque seu desgosto é o orgulho.

Então talvez eu dissesse novamente:

Hoje quando ultrapassei seu carro, pude ver que estava acompanhado, porque algo tão curável quanto estar acompanhado novamente, não passaria despercebido. Outro dia te encontrei também à beira do precipício, e eu pude me ver te empurrando, mas novamente você cairia em meus braços.

Desculpe-me, Monique. Uma solidão assim seria lamentável.

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 17/03/2012
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