Amor além da vida e da morte

Ela possua longos cabelos castanhos e vestia-se como uma rainha, ou melhor, como a preciosa princesa imaculada da Pérsia. O rapaz contemplava sua beleza a distância, enquanto ela se banhava no rio. Então ele se aproximou e a disse:

_Annelise, aonde posso encontrar a chave para entrar em sua vida?

_As águas cristalinas deste rio irão dizê-lo!

_Como podem as águas falar ou dar sinais, minha princesa?

_Arthur, nem o rio nem o mar podem falar, mas a natureza pode sim se comunicar! O vento canta a sua canção, as folhas das árvores caem indicando que estamos no outono, as estações se modificam e o tempo decompõe tudo. A água dissolve tudo que permanece nela por muito tempo. Se puder me amar pela minha alma e minha essência, então as águas do rio dissolverão a nossa pele, mas nunca dissolverá o nosso amor. Porque o tempo passa e envelhecemos, mas somente o verdadeiro amor permanece intacto e forte, como grandes muralhas que não fraquejam com os ventos. Se realmente está disposto a me amar então venha e me ame nestas belas águas cristalinas e que aqui permaneçamos até que não nos reste mais corpo, mas sim duas almas unidas pela eternidade! Caso seu amor não seja verdadeiro, se entrar nestas águas elas o afogaram e você perderá o ar, ninguém poderá salva-lo e você morrerá devido ao seu coração impuro.

O rapaz entrou naquelas águas sem medo, pois a amava verdadeiramente. Ele a amou e ali permaneceram até que não se pode mais suportar e seus corpos para o pó voltaram, mas seu amor não se decompôs nem mesmo com a morte!

(SOBRE METÁFORAS)

Stéphane Fernandes
Enviado por Stéphane Fernandes em 21/04/2013
Reeditado em 22/04/2013
Código do texto: T4251591
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