A MoRTe

Seus anseios expressos em pautas,

Suas lágrimas derramadas e sua blusa enxaguada.

Eram duas almas que se amavam,

Eram duas mentes que se completavam.

Uma rosa foi lançada ao chão,

Suas belas mãos a tocaram e com seu coração a guardou.

Um artista perdido no tempo,

Uma alma sem salvação,

Uma mente incompreendida,

Um espírito deslocado.

Um poeta que permanece vivo,

Uma violinista que...

Seu corpo morreu de frio,

Sua alma morreu de amor.

Somos artistas, loucos, desregrados, incompreendidos.

Ele soprou uma canção em seu ouvido,

Ela guardou cada nota e cada palavra para sempre,

E nos seus últimos dias,

Quando estava aquecida em sua cama

E o tempo lhe desgastara,

Cada nota e cada palavra tocavam em sua cabeça,

Uma canção de ninar que a fez dormir,

E depois daquela noite,

Ela não mais acordou.

Stéphane Fernandes
Enviado por Stéphane Fernandes em 14/05/2013
Reeditado em 15/05/2013
Código do texto: T4290576
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