Dez anos

Priscila olha para seu marido e não acredita na sorte que teve, ele é um homem forte, decidido, carinhoso, amoroso, tem um caráter exemplar, e ainda é o homem mais bonito que ela já viu. Depois de tantos anos, ainda era apaixonada por ele.

Lembrou-se de quando se conheceram ainda na escola, um menininho com ares de roqueiro, boné virado para traz, uma corrente do Red Hot Chili Peppers. Lembrou de ele ter falado com ela, puxado uma conversa. Ela pensou que aquele era o garoto mais fofo que ela já vira, tão educado, tão bonitinho, baixinho, sorriso fácil, lábios carnudos, olhos rasgados de uma tonalidade castanho-esverdeada, não sabia o nome dele, perguntou para alguns amigos e descobriu: André.

Descobriu mais algumas coisas sobre ele, como por exemplo, a idade, quinze anos, nessa época Priscila tinha dezoito, nunca tinha pensado que se interessaria por uma criança ainda, mas aconteceu. Por sorte ou obra de Deus, André começa a freqüentar a mesma igreja que Priscila, seus olhares se cruzam, suas mãos se apertam, essa foi a primeira vez que ela conversa realmente com ele, falaram sobre anjos.

Como estudavam na mesma escola e iam à mesma igreja, tornaram-se logo amigos, conversavam muito e sobre todos os tipos de assunto, a diferença de idade não interferia em nada, porque André era muito maduro, tinha aprendido com a vida, já era o homem da casa e ajudava sua mãe a criar suas duas irmãs, mais novas. Conversava como gente grande e sorria com a felicidade e simplicidade de um menino.

Foi inevitável, em um curto espaço de tempo passaram de amigos a namorados, nem tudo foi fácil, passaram por momentos difíceis, terminaram o namoro algumas vezes, por culpa dela sempre; ele permanecia inabalável em seu amor e paciência. Até que um dia, como que por milagre, as coisas entraram nos eixos, tudo ficou perfeito. Casaram-se, mas ainda vivem como eternos namorados.

Hoje já estão juntos há dez anos, e ainda parece que foi ontem que se conheceram, seus olhares se cruzam, suas mãos se tocam, seus lábios ainda estremecem de paixão. Priscila continua olhando para André e agradece a Deus a sorte que teve, ou melhor, agradece a Deus por ter ouvido uma oração sua quando ainda tinha três anos, na qual, pedira ao Senhor que lhe desse um marido especial quando ela crescesse. Deus olhando para a terra não achou ninguém especial o bastante e teve que formar e fazer nascer André para a felicidade de Priscila estar completa aqui na terra.

***Amanhã dia 23/06/13 fazem dez anos que meu marido e eu estamos juntos e essa é a nossa história.***

Priscila Pereira
Enviado por Priscila Pereira em 22/06/2013
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