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     POR AMOR 
                 (Segunda parte)

Um arrepio percorreu sua coluna vertebral...ele fez um sinal para ela, dizendo que iria ligar o celular. Ela ficou em pânico, não queria confusão, mas sabia que Gustavo era genioso, e quando queria algo se transformava. Ele já havia dito certo vez para ela: "Quando quero, pego e pronto", e ele era assim mesmo, um homem determinado e destemido e isso fazia com que ela o admirasse ainda mais. Eleonora era uma moça delicada, e a masculinidade de Gustavo a atraia demais. Eram opostos que se atraiam e se completavam. Então ela entrou no saguão do Hotel e enquanto Felipe e os outros
se incumbiam de se apresentarem na portaria, ela se dirigiu ao banheiro e ali atendeu o celular de Gustavo, ele dizia que queria vê-la, ela disse a ele que estava no banheiro da recepção e qual não foi a surpresa quando ela o viu pelo espelho que havia sobre a grande pia do banheiro!
Gustavo estava lá, havia invadido o banheiro feminino! 
Nossa, Eleonora não sabia se ria ou fugia, se o ofendia ou o abraçava...ela o amava tanto! e assim próximos ela não resistia...
Ele a puxou pela mão e a levou até o espaço especial para cadeirantes, que era maior e ali mesmo a beijou com tanto ardor que quase a sufocou...
Eleonora ficou tonta, era um misto de felicidade e medo, que ela sentia e a deixava muito assustada. Aquele homem tinha um poder imenso
sobre ela! Depois do beijo ele contou a ela que também estava hospedado naquele Hotel e ia ficar ali até o dia dela ir embora. Queria ficar com ela nem que fosse assim furtivamente, queria que ela sentisse sua proximidadepara que  percebesse que ainda o amava. Eleonora disse a ele que tinha que pensar, que estava ali para descansar e a presença dele a deixava feliz e preocupada, eles tinham que pensar em seus pares!
Ele então disse à ela que já havia rompido com sua noiva, que havia pensado bem e viu que não adiantava adiar mais aquele rompimento. A moça suspirou aliviada, pelo menos era um problema solucionado, mas havia Felipe, ela
tinha por ele um carinho enorme, se conheciam há muitos anos e não queria magoá-lo. Disse a Gustavo que esperasse, que talvez depois do
almoço eles poderiam conversar mais e se despediram.
Ela voltou à recepção e Cíntia perguntou o que tinha acontecido por causa da demora, os rapazes já haviam subido junto com a bagagens. Eleonora subiu com Cíntia até o terceiro andar onde ficavam os quartos, eram duas suítes completas, o Hotel era cinco estrelas e o serviço muito caprichado. Quando ela chegou em seu quarto, Felipe a esperava alegre,
não havia percebido a situação toda. Ela respirou aliviada com a tranquilidade dele. Então foram tomar o café da manhã, as moças se deliciaram com Strudel de maçã que foi servido junto com tantas outras guloseimas, os rapazes saboreavam o café capuchino muito bem feito. 
Após o café as moças foram desmanchar as malas e os rapazes desceram
para providenciar o aluguel de um carro. Cíntia queria ir conhecer o Parque do Caracol, e a cachoeira e Eleonora queria ver a Terra Mágica em Canela.
O tempo passava depressa ali, e logo estavam diante de toda aquela beleza!
O tempo estava bom e o Sol se abriu para que eles pudessem desfrutar de tudo. Logo chegou a hora de voltar, ele tinham que estar no Hotel até às duas da tarde para o almoço, caso contrário teriam que ir a um restaurante.
A volta foi muito agradável, Cíntia estava deslumbrada, era a primeira vez que ela visitava o Sul, ela havia pedido para seu irmão, Felipe levá-la junto naquela viagem e ele de bom grado aceitou. Cíntia era mais velha que ele, mas ele tinha um carinho especial por ela, a tratava como uma criança.
Os quatro visitantes chegaram no Hotel dez minutos antes de fechar o Restaurante, mas deu tempo de almoçarem. A comida típica de lá estava deliciosa, saborearam um talharim a quatro queijos e iscas de filé mignon, havia também um salmão com alcaparras com um tempero perfeito! e as sobremesas feitas com esmero, onde não faltavam os doces caseiros. 
Felipe disse à Eleonora que queria descansar um pouco e seu cunhado também, as moças então resolveram dar um passeio pelas redondezas para visitar algumas lojas que havia por ali. Cíntia quis retocar a maquiagem e disse para Eleonora esperá-la na recepção do Hotel, ela então desceu de Elevador, porque o restaurante ficava no segundo andar. Qual não foi sua surpresa ao encontrar Gustavo
ali também, quando o Elevador parou no primeiro andar!
Ele sorria para ela com seu jeito especial de inclinar a cabeça e isso a deixava atônita...então num movimento ele apertou um botãoe o Elevador parou! Ele havia feito de propósito só para ficar junto com ela ali.  Eleonora sentiu as mãos dele em volta de sua cintura e ele a puxou para si num instante. Ele era bem mais alto que ela, que se sentia como uma menina em seus braços...O beijo aconteceu
sem que eles sequer evitassem, foram tantos e tão intensos, até que Eleonora se afastou e olhou nos olhos de Gustavo....Seus olhos estavam cheios de desejo e ternura. Ela sabia o quanto era importante a presença dele ali, o quanto a fazia estremecer. Então ela pediu a ele que abrisse a porta do elevador para que ela saísse, explicou a ele que logo Cíntia desceria
para irem passear. Ele assentiu, mas antes sussurrou em seu ouvido que a amava e que não a deixaria nunca mais....
Cíntia, já estava esperando por Eleonora, no saguão do hotel, havia descido no outro elevador e perguntou a ela o que havia acontecido, Eleonora então disse que tinha recebido um telefonema, sua mãe ligara para saber como ela estava, e elas tinham conversado por alguns minutos.
As duas moças saíram para um passeio, as ruas estavam movimentas e as lojas repletas de novidades, as roupas de frio expostas nas vitrines, lindos sapatos e botas, elas ficaram encantadas com tudo e acabaram comprando 
algumas peças; voltaram lá pelas cinco horas da tarde, o frio aumentava e os rapazes já haviam acordado, foram todos para um café que havia ao lado do restaurante, estava lotado, o ambiente era muito agradável e acolhedor.
Ficaram ali conversando e vendo o movimento, quando a noite foi chegando eles subiram para um banho, estavam animados para experimentar um fondue que é muito tradicional na região. Felipe estava muito feliz com o passeio e Cíntia interessada em tudo...seus olhinhos azuis não deixavam escapar nada e Eleonora também ia curtindo os momentos intensamente, mas seu pensamento não estava ali, ela volta e meia se lembrava de Gustavo e queria estar com ele.
Chegou o momento de voltarem para o Hotel e repousarem, Felipe estava ansioso para ficar a sós com Eleonora, e ela temia esse momento. Os casais se despediram na porta dos quartos e entraram em suas suítes, O rapaz abraçou a namorada com paixão e a beijou, ela ficou tensa, não queria estar ali, então disse a ele que não estava bem, que o chocolate do fondue
tinha feito mal e queria tomar um antiácido. Pegou o remédio em sua frasqueira e se desculpou. Foi deitar. A decepção de Felipe foi enorme, nem um dos dois conseguia dormir, ela preocupada com a presença de Gustavo e ele querendo o carinho dela.
Amanheceu, o dia ainda estava nublado, os casais foram fazer mais  alguns passeios, aos poucos o Sol começou a aparecer, Eduardo e Cíntia estavam alegres, tudo para eles estava bom...mas de repente Eleonora viu entre algumas árvores um vulto conhecido, era Gustavo que seguia os quatro de longe, quando viu que ela o tinha visto ele acenou, Felipe
não percebeu e Eleonora ficou assustada. A manhã passou e eles foram novamente almoçar. O celular tocou, Eleonora viu que havia um recadoera de Gustavo, dizendo que queria conversar com ela. Eleonora disse que ia na farmácia comprar mais alguns remédios e saiu do restaurante onde estavam, foi até aquele barzinho ao lado do Hotel.....

        

 Parque do Caracol em Canela R. Grande do Sul.

Continua no próximo capítulo.
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 13/06/2014
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T4843950
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