REVELAÇÕES - PARTE I

Naquele dia visivelmente comum, num sarau de poesias, uma menina sentada na companhia de suas nobres amigas, em banquinhos localizados em frente ao auditório da sua faculdade, não idealizava o quão sua história mudaria (ou não) dali a alguns minutos.

E, foi quando, repentinamente, num momento de distração com suas amigas, surge o ‘’eco’’ de uma voz lindamente doce, amavelmente audível e irreconhecível ao mesmo tempo pela menina. A mesma olhou de relance para a pessoa que transmitia a voz mais impactante que ela já tinha ouvido. E notou a presença de um rapaz que estava quase ao seu lado, assim sendo, imediatamente...

--------------Coração saltitou\ Olhos paralisaram-se-----------------

Aqueles olhos eram os mais puros que a menina já tinha visto! Ela queria agarrá-los com suas mãos, segurá-los para que assim não fugissem de sua visão.

Desse dia em diante, a garota passou a perseguir aqueles olhos, aquela imagem que não saía de seus pensamentos. E certo dia, os olhares dos dois se cruzaram tão perfeitamente, tão intensamente, que surgiu uma pequena saudação entre ambos:

- Oi!

E esse singelo ‘’oi’’ significou como uma conversa por horas para a menina apaixonada. A seguir, todas (ou quase todas) às vezes em que eles se encontravam, os mesmos cumprimentavam-se, sempre com o mesmo ‘’oi’’ e olhares profundamente (ou não) correspondidos.

Em um dia notadamente diferencial para os amantes do amor, a menina resolveu declarar-se indiretamente para seu amado, por meio de um ‘’correio do amor’’ improvisado em sua faculdade. Tudo isso depois de um acordo feito com sua amiga de que as duas criariam coragem para mandar uma singela mensagem de dia dos namorados para os seus respectivos amores, digamos ‘’secretos’’, exceto para as duas. Sequencialmente, a garota pôs uma mensagem, e ao final colocou somente suas iniciais como forma de identificação, justamente com o objetivo de notar se o menino iria descobrir facilmente quem a mandou.

Ao primeiro impacto a mensagem estaria perfeita para expressar seus sentimentos, mas aos olhos dos demais, a mesma, contida no bilhete, tornava-se extremamente infantil e exponencialmente estúpida, mas foi mandada.

Depois, ansiosamente, a garota esperou o momento em que ela abriria sua página de rede social, ''facebook'', e lá estaria a solicitação de amizade agora feita por ele. E, com exatamente dois dias após o envio do bilhete, às 13:20 de um sábado qualquer, lá vai ela vizualisar suas notificações do ‘’face’’, como de costume, e vê um ‘’suspeito’’ convite de amizade e uma mensagem (nova) em sua caixa de entrada. Rapidamente ela clicou no ‘’vermelhinho’’ e quando viu:

-------------------------Olhos lacrimejaram-------------------------

Era ele! O garoto pelo qual a menina estava à espera. Imediatamente ela abriu sua caixa de entrada, e lá estava, uma inesperada mensagem dele! No mesmo instante, lágrimas de surpresa, de esperança, de amor rolaram por sua face como as correntezas de um rio...

Só em poder ver aquela mensagem, ela jazia de uma desmesurada felicidade que mal cabia no peito. Ainda que a mensagem não contivesse muito do que ela esperasse que fosse dito, mesmo assim, a interpretação momentânea foi de uma suposta ''iniciação'', um começo de um futuro amor.

Então, ela retornou a mensagem e, na madrugada do dia seguinte, obteve resposta. E para seu espanto, a mensagem não foi nem um pouco de acordo com suas expectativas. Sim, suas expectativas novamente frustaram-se, novamente...

Dias depois, a menina outra vez manda mensagem à seu amado, para definitivamente saber se suas interpretações acerca das intenções dele estavam equivocadas. E sim, estavam. Ele respondeu amavelmente direto, sem rodeios...Tudo indicou que ele não queria nada além da amizade. Apesar de nem isso ainda terem (ainda)

Ela, mesmo depois de tais passagens, continua com seus sentimentos inalterados... não desistiu dele, mas também não vai medir esforços para expor seus anseios e se frustrar mais uma vez. Agora, a garota insiste em esperar, o tempo irá mostrar tudo que ainda há por vir, e o que deve ser unido ou não.

Continua[...]

Silveny Meiga
Enviado por Silveny Meiga em 07/07/2014
Reeditado em 18/01/2015
Código do texto: T4872392
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