Uma Bela Noite

Essa garota, o nome dela é Lucy. Ela marcou um encontro, via ask.fm, com um anônimo que se dizia ser alguém de seu passado. Tratava-se de um de seus primeiros namorados, enfurecido, ele a queria emboscar na rua e planejava agredi-la.

Quando a emboscada concretizou-se, entre Tony e Lucy se interpôs uma luz forte e quente, chamas, todas grandes e intensas.

O ex-namorado mais recente de Lucy, William, surgiu, em meio ao fogo, flutuando.

Passado o susto, Tony caiu de joelhos, com seu canivete repousando ao seu lado, implorando para que sua mente parasse por um único momento.

William tornara-se um psíquico, o maior desespero de Lucy, posto os meta-humanos eram vistos como uma ameaça. Ele era um dos mais impressionantes de todo o planeta.

Mais tarde Lucy, em seu quarto, entre lágrimas e memes sem graça, em seu mais novo iPhone, ouve a voz de William em sua mente. É quando, percebendo deter a atenção da jovem morena que pinta seu cabelo de ruivo, ele fala:

- "Você pode me procurar, mas não estou próximo. Eu me tornei um psíquico, como percebe agora e, só por isso, eu pude te proteger hoje. Minhas responsabilidades são outras a partir de agora e, sendo assim, não poderei ficar do seu lado como gostaria. Cuide do pequeno Félix e faça dele o homem que eu nunca pude ser para nossa casa. Ensina-o, eu imploro como último favor, que o pai dele o ama aonde quer que eu esteja... Mesmo não sendo biológico, eu o amo como te amo, vocês são minha família. Obrigado por tudo de bom que me deu e me ensinou, Lucy, mas eu preciso ir. Espero que entenda..." - E com voz resoluta, encerrou o pouco que tinha a dizer.

Lucy chora sobre sua cama, agarrada aos próprios joelhos. Sua cama fica perto da janela. A noite está linda, céu estrelado, é fantástico. É uma bela noite, parece um grande pano para tampar a claridade, como se pequenos furos permitissem a passagem da luz e vemos, assim, os pontinhos. É tão bonito.