Hitler E Sua Amada Capítulo 7

- O que o senhor está escrevendo, titio?

- Um livro...

- é um romance?

- Não, querida, não sei escrever romances...é um livro que, se for lido por um grande número de pessoas como eu espero, vai ajudá-las a abrir os olhos para o verdadeiro lugar que a Alemanha nesse mundo. Entendeu?

- Mais ou menos...

- Ah, esqueça o que eu falei. Uma flor delicada como você não deve se envolver em política...

- O senhor me diz umas coisas tão bonitas...

- Geli, meu amor...

- Eu me sinto tão diferente desde ontem, tio Adolph...

- Diferente como?

- Até ontem eu era uma menina boba, que não sabia de nada. Agora eu sou uma mulher...

- Tive tanto medo de chocá-la... de assustá-la, Geli...você é tão pura...

- Não, tio Adolph, não me assustei, mas... o que era aquilo?

- Aquilo o que, meu anjo?

- Aquela coisa branca que saiu... de dentro do senhor?

- Ah... aquilo é esperma. É assim que o homem engravida a mulher, querida. Por isso eu não posso deixar dentro do seu corpo, embora morra de vontade...

- Senão eu posso ter um bebê?

- Sim...

- Meu Deus... acho que a mamãe morreria de desgosto.

- A última coisa que eu quero nesse mundo é magoar sua mãe. Minha boa irmã...por isso precisamos manter isso em segredo por enquanto.

Estavam no escritório, deitados sobre um tapete de couro de vaca, Geli aninhada nos braços de Adolph, que afagava seus cabelos.Ela suspirou, deliciada. Era tão bom estar assim, aconchegada no peito dele... ela ficara órfã de pai muito cedo e nunca estivera assim, no calor do peito de um homem.

- Geli, você me ama? - ele perguntou. Ela o encarou com seus límpidos olhos.

- Se eu amo o senhor, tio? Deus me perdoe, se peco... mas eu amo o senhor mais que tudo, acho que até mais que a minha mãe...

Ele sorriu extasiado. Trocaram outro longo beijo. O relógio na sala de vista bateu meio dia. Levantaram-se depressa.

- Hora do almoço. - disse Geli. A mamãe pode aparecer de repente...

Estarem assim juntos despertou novamente o desejo de ambos. Estavam doidos para voltar àquela cama. Adolph pareceu ler os pensamentos da sobrinha.

- Vou dar um jeito nisso. - falou.

Elfriede apareceu para servir à mesa com ar triste, olhos vermelhos e inchados. Adolph disse a Angela:

- Mana, você lembra da sua amiga Charlotte?

- Lottie? Lembro sim, mano. - ela respondeu. - Há anos não tenho notícias dela...

-Pois eu a encontrei ontem, quando estive na cidade com Geli. Ela quer muito revê-la! Está fazendo um domingo tão bonito, não gostaria de fazer-lhe uma visita?

- Mas, mano, hoje é a folga do motorista.

- Eu gosto de dirigir, mana! E depois, quero mostrar mais alguns pontos de Munique a Geli. Apronte-se e vamos logo!

Pouco depois rumavam para Munique. Angela, com seu chapéu domingueiro, estava muito feliz porque iria rever uma amiga dos tempos de juventude. Geli disfarçava, mas sentia o coração aos pulos e um desejo louco de sentir aquele homem sobre seu corpo nu outra vez. Seria uma depravada, uma pecadora? As freiras do colégio onde estudava diriam isso...

A casa de Lottie ficava logo na entrada da cidade. As duas amigas se abraçaram muito felizes com o reencontro. Adolph e Geli cumprimentaram e disseram que logo estariam de volta e provariam o strudel de maçã da boa senhora. Foram para o apartamento, para a cama e se amaram loucamente, indo ao delírio nos braços um do outro...naquela tarde Adolph a deflorou, tendo o cuidado de não consumar o ato, embora isso lhe custasse muito. Geli sentiu a dor aguda se transformar num prazer que não imaginava existir. O lençol ficou manchado de sangue. Então eles se vestiram e foram buscar Angela.

Maryrosetudor
Enviado por Maryrosetudor em 16/10/2014
Reeditado em 20/10/2014
Código do texto: T5001451
Classificação de conteúdo: seguro