O amor sem barreiras

Era apenas mais um amor de verão igual os filmes de Hollywood,onde a garota se apaixona pelo cara mais lindo da cidade.Seria um bom filme se não fosse triste porém uma lição de vida para aqueles que tem tudo na vida e ainda sim pensam desistir de viver.

Meu nome é Kate e tenho 18 anos, a 3 anos descobri que tenho um tumor maligno na cabeça e que não me restam muitos dias de vida,meus pais estavam infelizes com aquela péssima notícia e eu naquela época só com 16 anos,também tinha ficado arrasada porque não iria viver muito para ter uma vida adulta para contar.

Mas graças a ajuda médica eu consegui sobreviver durante todos estes anos,mas meu fim está próximo e posso sentir isso já que não tenho mais a força que eu tinha quando eu descobrir o tumor no cérebro. Mas não é disso que eu gostaria de falar, no hospital e no mesmo quarto do que o meu eu conheci um rapaz chamado Augustus,o câncer dele já estava avançado e ele também havia pouca possibilidade de sobreviver.

Em um daqueles dia fatidigo uma das minhas amigas havia falecido em um acidente gravíssimo e quando me deram a notícia,Augustus estava no quarto e me viu chorar compulsivamente. Com dificuldade ele se levantou e se sentou na minha cama, então eu olhei para cima e avistei aquele rapaz de olhos claros me olhando de uma maneira que jamais fui olhada por outro rapaz,então meio desconcertada perguntei o que ele fazia ali e ele simplesmente me respondeu com um de seus doces sorrisos:" Vi que estava chorando e resolvi lhe fazer companhia,não chore viu..as vezes morrer não é algo tão ruim,afinal,um dia todos nós vamos morrer".

Eu simplesmente havia ficado furiosa com ele,falar daquela maneira e ainda esbanjando um delicado sorriso para mim?como ele pensou que isso fosse me reconfortar? eu sabia que todos nós um dia iriamos morrer,mas já não bastava eu com os dias contados e agora minha melhor amiga também perdeu sua vida adulta para morte? não é justo. Antes que eu pudesse lhe responder ele se apresentou a mim, me disse que tinha leucemia e estava em estágio terminal, mas disse que não ficava abalado com aquela notícia e tentava sempre levar aquilo da melhor maneira possível.

Depois daquele dia a gente passou a conversar todos os dias,ele me fazia bem e me fazia rir de suas brincadeiras bobas, as enfermeiras e o médico ficaram felizes de me ver daquela maneira e até meus pais ficaram mais tranquilos e disseram que aquele rapaz tinha trago vida a filha deles. Passou-se os dias,os meses, a gente acabou se apaixonando e pedi a enfermeira se podia juntar nossas camas e com relutância ela atendeu esse desejo,como dizia Augustus:"Essas são as "vantagens" de se ter Câncer." Foram os 5 meses mais felizes da minha vida até que em uma noite, Augustus teve uma piora drástica e a enfermeira teve que nos separar por motivo de saúde.

Ele ficou um bom tempo em um estado vegetativo e quando finalmente acordou foi para disser suas últimas palavras para mim: "Kate Stiffler,você foi a melhor coisa que me aconteceu...obrigado por fazer meus dias de dores e angustias mais felizes,eu te amo Kate e eu sempre vou te amar."

E naquela noite,o amor da minha vida havia partido para melhor. O quarto ficou vazio e senti uma solidão preencher aquele espaço no qual eu dividi por vários meses com Augustus e aquilo doía mais do que meu próprio tumor.

Aqui quem escreve no diário de Kate é a mãe dela, depois da morte de Gus a nossa filha começou a piorar o estado de saúde dela,uma noite depois os médicos correram com ela para sala de cirurgia mas infelizmente não conseguiram salvar a vida da minha princesa. Porém, acredito que minha filha teve seus últimos dias um pouco mais felizes graças a presença de Augustus e eu agradeço a ele por ter lhe dado suas últimas alegrias e mostrado como o amor pode ser mais forte que a própria doença.

Letícia Fonseca
Enviado por Letícia Fonseca em 25/10/2014
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