Nosso amor – volumes 1, 2... 35.

Se a vida fosse realmente justa, agora seria a nossa hora. Nosso momento. Nosso recomeço feliz. Nosso encontro mútuo com a plenitude de um amor que vivemos e esquecemos quase que por completo, mas que sempre esteve e sempre estará aqui. Te amei tanto. Sofri tanto quando você me deixou e arrumou outra mocinha para chamar de sua. Meses de choro e emoções descompassadas, me fizeram mais fria e mais forte. Perambulei anos por aí, adolesci entre garrafas, mentiras, amores eternos que mudavam toda semana e babacas de todos os tipos, até que a gente se esbarrou com toda aquela vontade de novo.

Engraçado. Eu brinquei com fogo só para constatar o quanto ele queima e reclamar dos ferimentos. Triste. Você continua, como sempre, sentindo absolutamente nada por mim. Entra e sai da minha casa, da minha cama, da minha vida, completamente ileso.

Vez ou outra eu me pego querendo ser assim como você, invulnerável. Mas, romântica que sou, sempre volto a pensar que o que quero mesmo é você. Pra mim, de verdade, aqui, encantado pelo “nós” que a gente finalmente passaria a representar. Dormir no seu colo, acordar nos seus braços. Te contar sobre os meus dias malucos, te incluir nos meus planos igualmente sem pé nem cabeça. Te trazer para o meu mundo, dividir com você a alegria, os amigos e os momentos maravilhosos, as coisas incríveis que a vida tem me dado de presente. Te pertencer. E sentir para sempre a sensação deliciosa de quando você respira na minha nuca.

Tenho viajado nesses devaneios, nessas vontades, de dia e de noite, dormindo e acordada. Nada preocupante demais, sempre dá e sempre passa, qualquer dia passa. E aí talvez adormeça mais sete anos, talvez acabe de uma vez por todas ou talvez finalmente te faça se apaixonar por mim, quem sabe. De uma coisa eu tenho certeza, nada é por acaso, tudo o que vivemos em “nosso amor – volumes 1, 2... 35” fará sentido algum dia.

Denyse Barrêto
Enviado por Denyse Barrêto em 02/11/2014
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