Qual motivo da nossa briga?

_ Precisava ser tão mal educada?

_ Você quer dizer, mal educada com SUA amiguinha?

_ É. Achei feio sua cara fechada. A menina super educada e você--

_ Agora você se preocupa com ela?

_ Ah, me poupe, Luna. Minha paciência tem limites. Bastou vir no carro, a vigem toda calada e de cara amarrada.

_ E VOCÊ QUERIA QUE EU FIZESSE O QUÊ, FICASSE FELIZ POR QUE VOCÊ REENCONTROU SUA EX FODINHA?

_ Fala baixo, porra, são duas da manhã e os vizinhos não têm que ficar ouvindo seus chiliques.

_ Chiliques nada. – Ela levantou a mão em direção ao seu rosto, mas Mário tinha bons reflexos e segurou sua mão.

_ Cê tá ficando doida? – disse, se protegendo da outra mão e agarrando-a também.

Luna estava contra a parede, tentando sair daqueles braços fortes do lutador de boxe chinês. Resmungava ao mesmo tempo que tentava escapar. Depois de algum tempo desistiu. Apenas ficou emburrada olhando para ele, que retribuía, em silêncio.

_ Eu já disse que você fica ainda mais sexy quando tá vermelha assim?

Antes que pudesse responder ele a beijou. Não um beijo sereno, desses que se dão nos primeiros encontros. Mas um beijo selvagem. Violento. Desesperado. De rasgar a pele em duas e deixar à mostra todo o tesão.

Esqueceram completamente que se encontravam na escada do terceiro andar do prédio dele em plena madrugada. Os corpos se confundiam entre si. Não sabiam mais onde começava um ou terminava o outro. Mário tratou de virá-la contra parede e levantar seu vestido. A sede era grande. Com uma mão abria o zíper da calça, com a outra afastava a calcinha de renda branca que ela adorava usar. Encaixe perfeito. Uma sincronia de gemidos que parecia ter sido ensaiada horas atrás. O suor que percorria a pele e afogava-os em tamanho desejo. O quadril se mexia em velocidade anormal, enquanto a boca perdia-se na imensidão daqueles cabelos pretos.

Luna cravava as unhas no braço que apertava-lhe os peitos, enquanto a perna, enroscada na dele, tremia. Subiram os poucos degraus que ainda lhes restavam e abriram a porta sem desvencilhar os lábios. As chaves foram parar em qualquer canto embaixo do sofá. O vaso da vó quebrou-se. O controle da tv foi pro chão. E os papéis em cima da mesa se melaram de todos os tipos de fluidos que se possa imaginar.

No sofá, abriu-se pernas como persianas. Ela deliciava-se do corpo enrijecido. Desde base até a glande. No chão, meia nove. E por fim, acabaram um com o outro em cima da cama de casal. Agora abraçados, dividindo o beck qu'ele guardava na cômoda, tentavam lembrar qual ridículo motivo os fizeram brigar. Sorriam ao falar do dia cansativo e de como fazia tempo que não transavam daquele jeito. De alguma maneira haviam esquecido como era bom a bendita foda de reconciliação. De como era renovador para um casal esquecer um pouco o "fazer amor" e foder gostoso até o corpo não suportar mais.

Gonzaga Neto
Enviado por Gonzaga Neto em 11/11/2015
Reeditado em 21/07/2016
Código do texto: T5445184
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