Por tanto te amar, simplesmente te amo

Sentada, numa praça vazia de ilusões, começo escrever uma carta na manhã mais bela que já pude ter. Sem multidões ou qualquer tipo de ruído sinto somente a brisa que do verde emana e que arranha meus pés de menina. Começo lembrar de nós dois exatamente aqui. Fecho os olhos um pouco tristes de saudade e vagueio meus pensamentos... Como era bom dizer tudo o que sentia; como era bom silenciar pra te ouvir; como era bom ver-nos distraídos e com nossos sorrisos vezes envaidecedores, víamos os pássaros deixarem seus ninhos e achávamos que saiam para nos ver. Lia cada versejar que fluía de sua boca e o ouvia ler o que a minha desejava. Ensinava-me sem que eu precisasse aprender.

Amava cada vez mais sua meiguice de menino num homem gigante e me sentindo sua, sabia seria sua musa tão logo o por do sol chegasse. Passei noites em claro admirando-o sob as estrelas fazendo do teu, meu colo aconchegante e te ouvia cantarolar poesias. Por instantes minha alma padecia, a felicidade se transformava numa ligeira amargura, mas tinha certeza que Deus permitiria que eu fosse uma das estrelas que olhavas e comparava-as á mim, e fui. Quantas vezes sussurrei poeira fina de paixão na órbita ocular de seu coração, para saber enfim que as pequenas gotas que se deslocavam de seu rosto luminoso, era o amor que sentias com tanta intensidade que chegava marejar pra fora de teu olhar silencioso.

Agora, hoje, entre tuas palavras, entre teus versos impregnados como pegada na areia me permito ser feliz e fazê-lo, sem a mínima desculpa se de tanto te amar, te amo, sem ter sido preciso enclausurar quaisquer sentimento que por Ti despertei. Obrigado por ser minha felicidade.

Luciana Bianchini

Luciana Bianchini
Enviado por Luciana Bianchini em 23/11/2015
Reeditado em 06/12/2015
Código do texto: T5458446
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