A volúpia dos anjos

os, países e reinos. Protege também o reino mineral, a fauna e a flora. Categoria angelical Anjos da qual Deus mais se utiliza para fazer milagres, fazendo com que a humanidade evolua, através de experimentos e experiências de vida. Seu príncipe é o arcanjo Gabriel que é o transmissor de boas novas e um promotor de mudanças. Foi o anjo de Maomé e o inspirador de Joana D’Arc. Gabriel preside o paraíso e senta-se ao lado esquerdo de Deus. Seu momento é o final da tarde e ele é apresentado pelo o som de trombetas, simbolizando a voz de Deus. As pessoas cujos anjos fazem parte desta categoria são emotivas, atentas, possui flexibilidades, compreensão e sempre encontram soluções para os problemas. São camaleões. Tendem a fugir de qualquer situação onde haja cobrança, principalmente familiar ou sentimental. Gostam de ficar em silêncio e o mistério é sua grande arma de fascínio. Finalmente, os Arcanjos: é nome dado à categoria angelical que é responsável pela transmissão de mensagens importantes. Seu príncipe é o arcanjo Mikael.

Eu senti em Sílvia que ela ficou admirada com as informações que eu lhe passei, mas ela me disse que eu era um bom conhecedor de religião e que eu estava de parabéns pela a minha brilhante explicação. Os dias foram passando e o relacionamento e modo de me tratar por parte de Sílvia foram se esquentando. Sílvia me provocava mais ardentemente em suas carícias, suas mãos corriam por partes do meu corpo que me deixavam com uma sensação gostosa e ao mesmo tempo pecaminosa. Cheguei a brigar comigo mesmo por não deixar florescer esse sentimento que do jeito que Sílvia fazia comigo demonstrava ser tão bonito, mas a minha condição de arcanjo me prendia, segurava-me em práticas mais ousadas nesse relacionamento a dois, eu sentia em mim algo explodindo, minha pele transpirava, meu corpo parecia lenha queimando e aquela sua boca que parecia querer engolir a minha, me fazia sentir tudo de bom que há nesse universo. Depois que eu deixei Sílvia em casa, eu ia para a minha e ficava pensando a onde estava o erro ou o pecado entre duas pessoas de se entregarem intensamente, eu me questionava caso isso acontecesse a quem se faria tanto mal ou a quem estaria prejudicando. Durante esses meus conflitos me aparece o meu amigo arcanjo Miguel, ele disse que caso eu me entregasse a essas tentações, eu me tornaria em um mortal, deixando de ser arcanjo e com isso muitos seres no universo perderiam com essa decisão, uma vez que eu sou o seu anjo da guarda o que traria um desequilíbrio muito grande para o universo. Miguel me perguntou se valeria à pena de deixar de ser um anjo de Deus por um amor carnal o que o tornaria em mortal. Eu estava tanto envolvido com Maria Sílvia que eu preferi o silêncio a dar uma resposta naquele momento. Eu tenho dentro de mim Deus em primeiro lugar, eu jamais o trairia, algo de estranho em mim me deixou sem raciocínio, me deixou confuso, era como se tivesse que escolher entre Deus e um prazer que leva a felicidade, mas com Deus eu tenho esse prazer e a felicidade, mas é diferente. Eu às vezes me punia por essa indecisão. Deus tem que vir em primeiro lugar sobre todas as coisas, eu tinha era que conciliar esse meu desejo por Sílvia pelo o meu amor a Deus por tudo que Ele faz de bem e de bom a todos.

A cada encontro Sílvia tenta se aprofundar nas carícias, eu fico colocando limites, até que em um dado momento ela se irrita comigo e me pergunta se sou homossexual. Eu lhe falo que essas intimidades são boas só depois do casamento, ela não fica muito satisfeita comigo, mas eu preciso arrumar um jeito de falar-lhe o que o arcanjo Miguel me disse. Parece que no que eu coloquei limites, despertou mais o interesse de Sílvia em querer algo ainda mais íntimo, ela ficava a todo tempo me provocando com carícias quase irresistíveis, mas a minha fé se sobre punha a isso. O cerco por parte de Sílvia foi só aumentando e eu me vi forçado a ratificar o que eu lhe disse antes que eu era um anjo, mas agora eu fui mais além, me transformei em anjo diante de Sílvia, ela cai em gargalhadas. Sílvia me fala que eu sou um grande ilusionista e chega a soluçar de tanto rir. Entre risos e ironias de Sílvia fiquei meio constrangido por eu estar falando a verdade para ela, mas é compreensível a sua reação, mas aos poucos fui falando para Sílvia o porquê deu não aprofundar nas carícias. Eu ali diante de Sílvia transformado em anjo com uma luz forte irradiando foi atraindo pessoas e eu tive que voltar ao homem. Sílvia aos poucos foi ficando séria e chegando a razão, ela me disse que se sentia a virgem Maria, sendo escolhida entre tantas para ser um instrumento para engrandecer a obra de Deus. Ao mesmo tempo em que Sílvia parecia racional ela se tornava irracional, ela se achava louca e que estava tendo alucinações e me perguntava como que eu cheguei até ela entre milhões e milhões de mulheres, como isso poderia ser possível. Respondi-lhe que ela mesma já tinha respondido esse seu questionamento quando se comparou com virgem Maria, eu comecei a te notar quando você ajudava seu próximo com palavras seguras de fé, confiança, compreensão, escutando com paciência os infortunados, dando o que comer a quem tem fome e água a quem tem sede, tocando com suas palavras seus amigos, vizinhos promovendo o bem comum, ajudando o seu próximo independentemente da hora e do lugar. Você Maria Sílvia é um braço de Deus juntamente com as pessoas que lhe ajudam, essas coisas que foram me despertando e por esses seus feitos de bondade me faziam trabalhar a seu lado em silêncio sem que você percebesse e dessa forma eu fui me aproximando cada vez mais de você, chegando ao ponto deu apaixonar-me intensamente por você.

Maria Sílvia procurei tudo na natureza e ela como resposta me deu você.

A partir daquele momento alguma coisa em Sílvia mudou e ela passou a compreender melhor o não aprofundamento da minha parte nas trocas de carícias. Eu falei para Sílvia que o único jeito de nós ficarmos juntos só dependeria dela, ela me perguntou, como? Essa resposta foi uma das mais difíceis de toda a minha eternidade, já que a morte para os seres humanos era tida como uma coisa perversa e uma das piores qualidades que andam lado a lado com o homem, se podemos chamar assim a morte de qualidade, para mim que tenho certeza que a morte é o fim de uma gestação que tem o seu início na fusão do óvulo com espermatozóide, quando você deixa de existir para aquele mundo uterino, ou seja, morrendo para aquele mundo, despertando para uma outra vida, a morte então seria a fusão com a vida, produzindo o espírito, dando início ao nascimento de uma vida celestial, onde de fato se esquece dessa vida terrena, tomando um formato de um outro corpo, agora alado para que não houvesse diferença na comunidade divina, e de acordo com cada tarefa designada pelo o Pai e se bem desempenhada o levaria a fazer parte do exército celestial. Sílvia perguntou-me que tarefas são essas, respondi-lhe que a pessoa morre para esse mundo, ela não sobe direto para o céu fica aqui na terra por um período de acordo com o bem ou mal que ela praticou, tem pessoas que tanto o bem fizeram para o seu próximo que apenas ficam três dias na mansão dos mortos que seria à própria terra e sobem em direção ao Pai já com o corpo alado, outros pela a tamanha de suas maldades costumam a ficar séculos na mansão dos mortos por não aceitarem mesmo depois em forma de uma energia, Deus. Essas pessoas que relutam em aceitar Deus elas entram em conflitos consigo mesmas, por serem energia não temem mais a morte e se equiparam a Deus, o desfiam ignorando o seu poder, mesmo em energia se consomem pela vaidade do falso poder, a prepotência e arrogância ainda os dominam nessa vida, se tornam vítimas de si mesmas, tornam-se seu próprio inferno, seu próprio demônio, pois dependem de energia para continuarem nesse mundo de mortos, se essa energia findar-se elas tornam-se pesadelos horríveis até que Deus lhes chamem para uma nova chance de o aceitarem. O demônio não existe, nós é que nos transformamos num ao recusarmos em vida ou na morte Deus.

Expliquei para Maria Sílvia que se nós chegássemos a ter relações sexuais, eu deixaria de ser arcanjo, mesmo se nós fossemos ser marido e mulher, porque eu perderia todos os meus poderes e não poderia ajudar mais as pessoas, o que eu mais gostava. Então Sílvia num tom irônico me perguntou até quando nós iríamos ficar naquele chove e não molha, que entendia entre aspas a minha situação, mas que ela era humana e em decorrência disso advinha muitas coisas, como a maternidade, o prazer de dois corpos se tocando e que como isso poderia ser substituído e dizia, não me venha dizer que é apenas com palavras e orações. Pedi a Maria Sílvia para ela ter calma, pois tinha uma solução que para ela quando eu lhe dissesse soaria como absurdo, maluquice, motivo de internamento. Sílvia estava aflita e ansiosa para saber a solução do nosso contratempo, eu procurava palavras certas para lhe falar, mais e mais ela me pedia para que eu deixasse de enrolar, se era a solução para ficarmos juntos de forma plena, o porquê de tanto rodeio. Expliquei para Sílvia que a solução da nossa união esbarrava numa coisa muito temida pelos os seres humanos e que ninguém aceita de bom grado, a morte. Que ela teria de morrer para esse mundo, para renascer no outro mundo de luz onde eu a estaria esperando de braços abertos, mundo esse que ela seria anjo podendo assim ajudar muitas pessoas. Sílvia falou-me que eu estava louco de lhe propor isso, que ela aceitava dele dizer que é anjo, mas ela sacrificar a própria vida em nome de um amor que se diz o arcanjo Rafael que convive com Deus, isso ai loucura demais. Diante dessa proposta minha para Sílvia de sermos felizes para a eternidade, ela ficou meio em dúvida se eu era mesmo arcanjo ou louco.

Para provar a Sílvia da minha santidade peguei–a em meus braços e fiquei sobrevoando com ela várias parte do mundo, ela ficava encantada com que via. Eu a mostrava pessoas prestes a morrer, outra matando seu semelhante, mostrei-lhe um pouquinho de tudo, tento convencê-la da minha verdade, mesmo assim ela duvidava, achava que eu a coloquei em transe e que ela estava hipnotizada. Mas, eu a entendia. De repente alguém se dizendo arcanjo entra em sua vida e lhe pedi para morrer, lhe dizendo que é o único jeito de ser feliz, da pra ficar estonteado e perdido dentro de si mesmo.

Sílvia me pergunta se eu realmente a amo, porque só ela teria que fazer esse sacrifício em nome de um amor, porque não eu. Porque eu não poderia me tornar mortal como ela, evitando assim que ela morresse e que se afastasse dos amigos e dos pais que tanto ama. Eu lhe respondi que o mundo perderia muito com isso no que se refere à ajuda as pessoas tanto da minha parte quanto à dela, porque no outro mundo de luz comigo ela poderia velar pelos os seus pais e amigos.

Sílvia me perguntou como seria essa passagem desse mundo mortal para o mundo de luz, se seria com muita dor e sofrimento, eu lhe disse que seria como Deus fez com José, pai de Jesus, na terra para que ele cumprisse a sua missão aqui, já que Jesus estava muito apegado a seu pai José que morre de repente sem nenhum sofrimento dando assim início a peregrinação de Jesus levando a palavra de Deus.

Sílvia me pede um tempo, já dá sinais de aceitar e acreditar no que eu digo tanto que ela já mudou os seus hábitos, ela está mais imbuída de ajudar o próximo e tornou-se mais cautelosa nas suas carícias. Silvia me fala que procurou uma colega para se aconselhar, pois achava que era loucura o que estava acontecendo com ela, à amiga Sônia disse para ela que eu já devia estar internado há muito tempo e que admirava dela ser uma mulher tão inteligente, esperta e se deixar levar pela a conversa fácil de uma pessoa que se intitula arcanjo, ainda com o nome de Rafael, que isso era historinha para boi dormir e Sônia começava a debochar e dizia: é amiga, você foi fisgada pelo o amor, tanto que você está acreditando na lorota dele, mas não retruquei e não quis entrar em atrito com ela, tampouco lhe contei o que Rafael me disse para ficar junto dele, eu mesma ainda custo a acreditar que isso esteja acontecendo comigo, o que me assustava mais era a idéia da morte para eu chegar ao amor verdadeiro, quando me encontrava sozinha perguntava para mim mesma se eu seria capaz de dar fim a minha própria vida para viver esse amor celestial e até que ponto valia a pena, tudo isso eram indagações sem respostas.

Eu e Sílvia passamos a nos ver mais e ela agora mais moderada nas suas carícias, estávamos vivendo bem. Tudo corria muito bem entre nós, mas Sílvia ficava me sondando quando seria a hora dela estar comigo no mundo de luz e se durante a passagem, eu estaria coladinho nela, respondi que sim. Sílvia tremia igual vara verde, eu tentava acalmá-la e falei –lhe que agora estava mais fácil, porque ela concordou. Mas, diante da hesitação de Sílvia em não querer se desligar desse mundo começo a duvidar do seu amor, porque só depende dela de sermos felizes ou será de mim.

Às vezes, eu penso se há alguém sendo egoísta nesse nosso relacionamento, se é ela em não querer se afastar dos pais e amigos fisicamente ou se sou eu em não querer sair do lado de Deus. Para Sílvia só basta querer em fazer a passagem para o mundo de luz, a chave dessa passagem está na sua vontade de forma indolor e sem se valer de métodos brutos ou traumáticos.

Talvez fosse melhor para ela que eu virasse mortal, pois eu já fazia parte do seu mundo físico, eu só não retornaria para o meu mundo celestial. Eu amo tanto Sílvia que não estou mais me importando com essa minha condição de arcanjo, o que está me importando nesse momento é tê-la perto de mim, senti-la em meus braços, absorver a quentura do seu corpo que aquece meu coração. Eu agora estava em conflito comigo entre o amor físico e o amor celestial. Diante dessa difícil escolha que foi um dia inimaginável para mim era a minha dura realidade. Eu já não conseguia me conter em pensar de não ter Sílvia, tudo isso parecia loucura, mas era loucura do amor, deixei para trás as minhas obrigações de arcanjo e passei a só me dedicar a esse amor. Minha amiga anjo Micaela me chamou de traidor, porque eu estava abandonando a obra de Deus que é mais importante sobre todas as coisas e vivendo intensamente esse amor adolescente. Micaela me perguntou onde eu queria chegar com essa atitude. Eu lhe respondi que ao coração de Sílvia. Micaela me disse que eu estava entrando num caminho sem volta onde eu poderia perder a minha imortalidade e o poder divino, que seria melhor eu esperar por mais que demorasse a decisão de Sílvia. Eu achava que conhecia esse sentimento que se chama amor e que pudesse até controlá-lo, mas ele me tomava da minha razão, me levava para a emoção fazendo-me sentir um vulcão que a cada momento fazia erupções que eram declarações ardentes de amor.

Quando eu penso que todo o dia ao portão, estava Sílvia me esperando com seus beijos de saudade, com sua voz meiga que até parece canção, sinto uma harmonia dentro de mim que me dá vontade de jogar tudo pro alto e ficar de vez nesse mundo de Sílvia. Estou ficando despedaçado nesse conflito que eu mesmo arrumei para mim, mas em contra partida nesse meu conflito estou fazendo Sílvia sofrer, isso é o que eu nunca queria fazer. Vejo a cada encontro com Sílvia seus olhos vermelhos encharcados de água, o que me levou a tomar uma decisão e resolvi tornar-me mortal e comecei a desejar Sílvia como mulher, me vi tomando-a em meus braços, me derramando sobre ela e espalhando dentro dela o gozo de uma paixão, mas eu tinha me esquecido que Sílvia ia à minha casa naquele horário em que eu me decidi tornar-me mortal. Quando eu fui tomado pela volúpia desses pensamentos fui atingido por um raio que me deixou desacordado e quando Sílvia chegou em minha casa e ao me ver ali desfalecido pediu ajuda para os vizinhos que chamaram uma ambulância na qual fazia parte dessa equipe um médico que constatou a minha morte. Sílvia se desesperou e começou a chorar intensamente, ela se achava culpada disso ter acontecido e que eu teria cansado de esperar por sua decisão e parti. Sílvia tomada por um sentimento de culpa e remorso tem a vontade de morrer, achando assim que iria me encontrar no mundo de luz como forma de reparar o mal que ela pensa que teria feito para mim. Sílvia parte para o mundo de luz e eu acordo sentindo muito frio, me vejo sobre uma pedra onde se faz autópsia e um médico com um bisturi na mão me olhando com espanto já quase iniciando a autópsia. Ao sair dali procurei por Sílvia e seus familiares me disseram que ela atendeu ao chamado de Deus.

Agora, eu mortal e Sílvia anjo, nosso amor tornou-se impossível. Eu sentia a presença de Sílvia perto de mim, mas por ser iniciante, ela não tem poderes para se materializar ou se quer me levar para perto dela.

Perdi Sílvia e o meu lugar ao lado de Deus.

luiz remidio
Enviado por luiz remidio em 28/05/2016
Código do texto: T5649425
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