Noah Flint

Capítulo 9 – Um Novo Amigo
 
   Steve William Martin era um jovem agradável, nos cumprimentou e pediu para entrar assim que chegou. Ele usava calça jeans escura e uma blusa xadrez vermelha. Carregando consigo uma pequena mala de couro.
-Seja bem vindo Steve! – Olívia o abraçou.
-Olá, irmã, como vai? – perguntou demonstrando estar animado.
-Muito bem. Ah, este é Noah, o rapaz que eu havia dito no telefone. – respondeu ela.
-Olá Steve, é muito bom finalmente conhecê-lo. – falei.
-Espero que Olívia não tenha dito nenhuma atrocidade a meu respeito, ela tem uma velha mania de ser exagerada.
-Claro que não, ela apenas meu contou um pouco sobre você. – Olívia o olhava com desdém.
   Conversamos sobre a casa, sobre a cidade e sobre tudo o que fazíamos no nosso dia a dia, Steve tem uma impressionante capacidade de ser receptivo e se comunicar muito bem. Contou-nos várias de suas histórias o que começava a me inspirar para escrever uma crônica para o jornal.
-Irei subir e me arrumar para sairmos depois, se comporte Steve. – Olívia já começava a subir os degraus.
-Ah, só irei investigar a vida de seu futuro namorado. – suas palavras fizeram com que as bochechas dela se avermelhassem e por alguns breves segundos o silêncio reinara entre nós.
-O que pretende fazer da sua vida? – perguntou ele.
-Sinceramente? Eu ainda não descobri, quero apenas ser feliz fazendo algo que eu goste.
-Ser feliz? Muitos lutam todos os dias e não se dão conta de que a felicidade não se compra.
-Se conquista? – completei para ele.
-Você acredita nisto? Felicidade não se conquista, se sente. Só quando estamos verdadeiramente bem, é que de fato sabemos definir o que representa cada momento.
-Reflexivo. – respondi.
-Sobre o que você escreve Noah? – perguntou ele.
-Não sei bem, expressava alguns sentimentos através de cartas, mas preciso aprimorar-me em relação a outras sensações e opiniões.
-Será que posso ajudá-lo com isso? – ele se levantou e veio até perto de mim. – Uma vez vi um quadro com antigos navios de guerra, imaginei-os saindo de lá, imaginei a água atravessando a pintura. O que me diz? – completou.
-Uma boa ideia.  Irei pensar em algo.
 
O Azul Do Mar Brilha Sob O Sol.
 
   Quando me dei conta já estava em mar aberto em direção a maior de todas as batalhas de minha vida. Lembro-me de casa e de todos os momentos felizes que lá tive. Espero que esta guerra não me tire a vida e que este navio me leve são e salvo de volta para minha família. Pois somente assim entendi a razão de viver. Em casa é meu lugar, inspirando-me e seguindo em frente todos os dias. Assim que conseguir meu sonhado reconhecimento aguardarei minha oportunidade de me eternizar na história.
 
Diário de bordo de um marujo sonhador. 1875.

 

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 24/06/2016
Reeditado em 22/09/2016
Código do texto: T5677265
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