Noah Flint
 

Capítulo 21 – Meus Sentimentos
 
Escrito por Steve William
 
   Conheci Margo a uma semana no parque de Morristown, uma garota muito inteligente e simpática. Estava lendo O Iluminado de Stephen King, seus olhos eram azuis claros, já seu cabelo remediava a um castanho médio.
-Olá. – falei
-Bom dia. Como vai? – respondeu ela.
-Maravilhosamente bem, o dia está lindo, não? E você, como vai? – respondi.
-Estou bem, mas minha mãe está muito doente. Infelizmente.
-Sua mãe? Ela é daqui? – perguntei.
-Sim, moro com ela desde que meus pais se separaram, há dez anos.
-Compreendo, qual o seu nome?
-Margo, Margo Stewart. E o seu?
-Steve William. Talvez você não queira falar sobre isso, mas fiquei curioso, seu pai? Não veio para vê-la?
-Se você o conhecesse entenderia. Não passa de um bêbado que mora no Colorado, descobri a dois anos que eu tinha um meio-irmão, Oliver, mas isso por  que a mulher com quem ele se juntou precisava de ajuda.
-Nossa, que terrível. Entendo por que não o queira por perto.
-O pior de tudo é saber que se minha mãe partir terei de ir morar com ele. Esses meus malditos dezessete anos não servem para nada.
-Talvez seja uma experiência boa, pense em Oliver, tudo que vocês dois podem aprender juntos. Seu pai pode ser um homem desprezível, mas quem sabe com a sua chegada algo não o mude.
-Você realmente acha que pessoas adultas podem mudar?
-Se não tivermos esperança, do que adianta prosseguir?
-Verdade.
-Quantos anos tem seu meio-irmão?
-Onze.
-Espero que sua mãe melhore, mas caso precise de ajuda com qualquer coisa, este é o meu endereço e embaixo meu telefone, é só me visitar ou ligar.
-Tudo bem, Obrigada.
   Duas horas se passaram e recebi uma ligação de um número desconhecido, já imaginava que pudesse ser, pensava nas palavras que poderia dizer.
-Steve, minha mãe, ela se foi. – falava a bela voz da jovem que desabafa em lágrimas.
-Meus sentimentos. Estou indo até ai.
   Liguei para Noah e Barton, pedi que me acompanhassem até o hospital, os encontrei logo a frente da porta principal.
-Como você está? – perguntou Noah.
-Preocupado. – respondi.
-Com quem?
-Margo
-Mas você mal a conhece. – respondeu Barton.
-Você não precisa conhecer tão bem alguém, para se preocupar, ela é muito jovem e acaba de perder a mãe. Mais alguma pergunta idiota? Por que se tiverem, podem ir embora.
   Entrei e perguntei sobre Eleonor Stewart, descobri o nome da mãe de Margo através do sobrenome é claro. Encontrei o quarto e me deparei com ela de joelhos a beira da cama, com as mãos em sua já falecida mãe.
-Ei, venha aqui. – caminhei até ela para abraçá-la.
-Obrigada.
-O que aconteceu?
-Ela tinha leucemia, estágio avançado, não resistiu a mais uma parada cardíaca.
-Sinto muito. Bom, eu trouxe dois amigos meus, espero que eles sejam educados. – olhei principalmente para Barton ao dizer.
-Sinto muito Margo, estamos aqui caso precise de algo. – falaram juntos.
-Vamos, levem-na pra casa. Vou ficar aqui e fazer o encaminhamento para o velório. Você tem parentes aqui Margo?
-Não, mas meus avôs e tios moram  em cidades vizinhas.
-Certo, Noah, vá com Margo até sua casa e anote os números. Preciso que ligue para cada um deles e dê a notícia.
-Tudo bem.
 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 02/08/2016
Reeditado em 22/09/2016
Código do texto: T5716664
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