Noah Flint

Capítulo 34 – Pensamentos
 
   Uma semana passou-se desde que Johnny Darwin havia visitado Morristown, a livraria vendeu praticamente todo o seu estoque com tantos fãs do jovem escritor espanhol e claro, Olívia não estava mais tão preocupada com seu emprego.
   Steve e Katie viajaram para Paris, ele queria agradá-la cada vez mais e provavelmente acertou em cheio com essa ideia. Recebi uma foto dele ao lado dela em frente a Torre Eiffel.
   Sydney começou a fotografar alguns eventos, Nicole a ajudava como podia, aquela relação era um pouco estranha para mim, não vou negar. Mas vê-las felizes era mais importante que qualquer preconceito que houvesse em minha mente.
   Barton começou a fazer alguns investimentos na bolsa de valores, o que fez com que meus tios chamassem-me para conversar com ele. Mas, claro, que já sabia quem o tinha influenciado.
-Então, está gastando seus dólares em ações? – perguntei ao chegar em seu quarto e vê-lo deitado em sua cama.
-Minha mãe ligou pra você, não é? – perguntou ele. – Não se preocupe, Steve me ensinou como fazer os investimentos certos, em uma semana já ganhei praticamente metade do que investi. – completou.
-Isso parece muito bom, mas você também sabe dos riscos que qualquer negócio desse nível pode trazer, está preparado caso aconteça algo ruim?
-Não vai acontecer Noah, eu lhe garanto.
-Tudo bem, sou um grande admirador do seu positivismo. O que acha de sairmos um pouco? Olívia está trabalhando e Steve foi viajar. – argumentei.
-E o jornal? Não está mais escrevendo?
-Estou. Ás vezes. Escrevo quando me pedem, mas os pedidos estão cada vez mais raros.
-Compreendo. Talvez esteja na hora de você encontrar algum outro meio de ganhar dinheiro. O que acha de aprender como investir com seu primo, hein?
-Por enquanto não estou interessado, mas agradeço a oferta.
   Morristown realmente tem grandes problemas turísticos, você acaba caminhando sempre pelos mesmos lugares, o que torna a experiência um tanto quanto irritante. Mas é claro, não posso reclamar desta cidade que tanto contribuiu para minha vida.
-Você não se cansa de andar neste parque? – perguntou Barton.
-Não. Gosto daqui.
-Bom, eu sempre ando por aqui, desde criança, talvez por isso acabe pensando ser capaz de atravessá-lo de olhos fechados.
-Deveria tentar algum dia, mas espero que não esbarre em ninguém, afinal, não seria nada agradável ter que explicar essa situação.
-Suas piadas não tem graça primo.
-Eu sei. Você não é a primeira pessoa que me diz isso.
   Aproveitamos para comer fritas e contar histórias, próximos a casa de Steve. Não era capaz de lembrar-me a última vez que estava me divertindo tanto em um passeio.
-Você e Olívia, quais são seus planos para o futuro?
-Como assim? – perguntei.
-Bem. Você não quer casar com ela? Ter filhos?
-Quero, é claro. Mas não sei se é apropriado começar a planejar isso.
-Por quê?
-Talvez seja cedo para isso, ainda mais que temos essa diferença de idade.
-Se ela não quisesse ter um futuro com você, penso eu que ela já o teria deixado.

   
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 08/10/2016
Reeditado em 19/10/2016
Código do texto: T5785272
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