Noah Flint

Capítulo 39 – Omelete
 
   Logo após dirigir o Corvette de Steve voltei para casa, Olívia estava assistindo Supernatural, aproximei-me e a perguntei o que queria jantar.
-Você quer preparar o jantar? – Perguntou ela.
-Claro.
-Uma omelete cairia muito bem.
   Eu não era nenhum Chef na cozinha, mas nada que com um pouco de esforço não pudesse ser feito, abri a geladeira e separei quatro ovos. Tive de pegar outro depois de quebrar ao batê-lo muito forte contra o balcão da cozinha.
   Passamos aquela noite assistindo, combinando abraços, beijos e carinhos. Não havia nada melhor que poder estar ali com ela, sorrindo pra mim. Dormi próximo da meia noite e ela me acordou as duas da manhã para que fossemos pra cama.
   Barton tocou a campainha na manhã seguinte, Olívia já havia saído para o trabalho e coube a mim descer e atendê-lo, convidei-o para entrar e fomos para a cozinha.
-Eu queria conversar com você. – Argumentou ele.
-Diga, estou ouvindo.
-É sobre Rebecca, vejo você e Olívia sempre em sintonia, o que você acha que eu poderia fazer para ter algo assim com ela?
-Creio que já devas ter falado com Steve sobre isso, mas enfim, você tem que ser sincero, mostrar que se importa e que quer ela bem. Se já faz isso, talvez precise se concentrar em algo que não a esteja agradando. Por quê se ela está um pouco diferente tem de haver alguma razão.
-Ela me convidou para ir jantar com seus pais. Mas eu não sei se estou preparado pra isso, sabe como é, perguntas sobre mim, meus planos para o futuro.
-Sei bem como você se sente, mas deveria ir, eles só querem conhecer o rapaz que faz a filha deles sorrir. Você já conquistou ela, agora vai ficar com medo do que os pais dela irão achar de você?
-Entendi, pensando assim, você tem razão, já consegui o mais importante, que era a atenção dela.
-Não somente isso, vocês dois estão juntos por um motivo. Lembre-se sempre que ela o escolheu por que viu em ti coisas que ela sempre quis ter por perto.
-Você está falando como o Steve.
-Acho que isso é um efeito colateral de nossa convivência com ele, não?
   Sentei-me na escrivaninha logo após Barton partir, queria escrever alguma coisa interessante, mas nada parecia querer sair, como se as palavras estivessem querendo demonstrar que eu não as poderia controlar, o que de fato, muitas vezes acontecia. Tomei praticamente um litro de água e fui até o jardim, o sol deixava aquele lugar muito bonito, aproximei-me da árvore e percebi que havia algo estranho ali, como se fossem velhas gravuras em seu casco.
   Fui então até a cadeira que havia na sacada, olhando para a estrada, observando os carros que por ali passavam a cada um minuto e meio, aquele lugar era o paraíso comparado a meus anos em Nova York e finalmente estava percebendo isso.

   
 

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 07/11/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5816472
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