Noah Flint
Capítulo 56 – O Pedido
Uma semana antes
Tentei agir o mais normal possível, mas, era inegável minha ansiedade e felicidade que fundiam-se com toda aquela situação. Olívia estava na sala de estar com Ellie em seus braços. Caminhei até ela e sentei ao seu lado, olhando para os belos olhos de nossa filha.
-Você está tão linda. – Sussurrei perto dela ao beijar sua testa.
-Puxou a mamãe, é claro. – Respondeu Olívia.
-Ah, disso, não temos dúvida.
Estava com a aliança em meu bolso, podia pegá-la a qualquer momento, mas, hesitei. Olívia demonstrava alegria demais para um momento como aquele, esperei até que Ellie adormecesse.
-Eu queria falar com você sobre uma coisa.
-Tudo bem. O que foi?
-Bem, a gente já está a bastante tempo juntos, acabamos por transformar não somente nossas vidas, mas como também, a vida de muitos daqueles que nos rodeiam. Talvez seja a hora de formalizarmos isto da melhor forma possível. – Coloquei minha mão por dentro do bolso, retirei a aliança e me ajoelhei. – Olívia, gostaria de casar-se comigo? – Finalmente.
Olívia também se colocou de joelhos, dirigiu seu olhar ao meu e sussurrou:
-Aceito hoje, amanhã e pelo resto de meus dias neste mundo.
Coloquei a aliança em sua mão e nos beijamos, apertava meu corpo contra o dela. Gostaria de termos ido até o quarto, mas Ellie acordou e começou a chorar.
Olívia se levantou, mas pedi para que ela fosse para o quarto, afinal, já havia passado o dia inteiro cuidando dela, merecia descansar.
Por sorte, era somente uma fralda muito cheirosa que tive de trocar. Já havia me acostumado com aquela situação, Ellie tinha uma característica bastante peculiar, podia jurar que seus olhos eram capazes de conversar com nosso próprio espírito.
-Ei, você não vai vir para o quarto? – Perguntou Olívia ao se apoiar contra a porta.
-Só um minutinho, estou esperando ela adormecer de novo.
-Tudo bem. – Ela caminhou na minha direção e entrelaçou seus braços em minha cintura.
-Com toda certeza ela tem muito de você.
-Ah, quem sabe, quando ela crescer, a gente perceba tenha puxado um pouco das chatices do pai.
-Às vezes esqueço que você é irmã dele.
-O quê?
-Steve.
-Você pensa demais nele, não acha?
-Sim, desculpe. Onde paramos?
-Na parte em que te convido para irmos para o quarto onde eu quero cuidar do meu homem.
-Uau. Agora sim.
-Ela já adormeceu. – Argumentou Olívia.
Virei-me e a beijei, suave o bastante para que mal fizéssemos barulho. Caminhamos agarrados pelo corredor, equilíbrio não era a palavra certa naquele momento.
Deitamos e continuamos os beijos, Olívia tinha o melhor que já provei, seus lábios realmente completavam os meus.