Embora, apenas o desejo
images?q=tbn:ANd9GcQV-1o74Lfd_4F24AgJlgszX7RSiEBwsYjLm_70cThZCI4U7KiA

Sem  soldados, conquistava de súbito com palavras sábias.
Era galanteador categórico, nas suas veias corria um sangue de um amante aventureiro.
Conhecendo o gosto pelos livros e por obras de artes, sutilmente assediava contando sobre as visitas aos museus mais imponentes, realidade distante porém acessível pelo mundo tecnológico. Se  empenhava em conhecer as exposições para discutir o assunto com a pretendida.
Zelava pelas palavras poéticas para seduzir  de forma sutil e com muito talento discorria encantos em palavras clássicas , rasgava o vocabulário requintado com palavras vulgares sentindo prazer em falar para o seu delírio amoroso.
Palavras esdrúxulas era o seu forte nas rodas de conversa que atraiam algumas mulheres, porém, tinha uma recatada que lhe  tirava o sono.
Alimentava-se de poesia ao anoitecer e quando escurecia, se saciava na leitura de poetas consagrados.
Serpenteava por poesias cálidas e declamava versos quentes.
Viajou na arquitetura da Grécia Antiga e sem receios se deleitava sobre toda a estrutura.
Empenhava-se na restauração das partes arranhadas e orvalhadas pelo desgaste do tempo..
Não hesitava em apreciar a maciez da textura. 
Preparava-se para sentir a superfície lisinha que tocava, escorregando suavemente, quando de súbito, percebeu ao acordar do seu cochilo após o almoço, que beijava o chão ao regozijar-se nas frestas do azulejo frio.