Apolline

Capítulo 3 – Pardon
 
   Você pode se perguntar como tudo isso aconteceu, logo tirar suas próprias conclusões e tomar uma opinião sobre mim. A verdade, porém, é outra história, nem sempre irá nos colocar de um lado.
   Meu passado é um pouco transparente a mim, fiz questão de esquecer muitas coisas e claro, buscar encontrar novos motivos para seguir em frente. Guinever e Louis transformaram a minha vida e tudo parecia estar voltando ao caminho normal.
   O grande problema, foi quando ambos se tornaram uma complicação sem fins, meu coração dizia algo e a mente outra coisa, decidi seguir meu coração. Louis não era um amigo comum, nem de longe como algum garoto qualquer, seu jeito de me tratar impressionava, sempre me deixando pensar sobre o que realmente estava por trás daquele belo sorriso.
   Guinever imediatamente começou a demonstrar seu ciúme, sabia exatamente como ela iria agir, sei que falhei com ela, mas ao mesmo tempo não poderia falhar comigo mesma.
   Existem várias formas de se interpretar o mundo e todas as coisas que acontecem conosco, decidi que iria enfrentar minhas dificuldades e não deixar que o medo assumisse o controle. Isso funcionou por um tempo, mas naquela noite, quando tudo aconteceu com Louis, me senti perdida e totalmente apavorada, temendo perder uma das únicas pessoas que eram capazes de me entender completamente.
-Você sabe que sempre poderá contar comigo, não é? – Sussurrou ele ao deitar do meu lado.
-Poder contar com alguém sempre foi minha prioridade. – Sabia que era mentira, mas precisava demonstrar a felicidade que estava sentindo.
-Estava relembrando aquela noite, acho que descobri o que aconteceu.
-Descobriu?
-Bem, é uma teoria.
-Diga.
-Lembra-se que Guinever estava cuidando das bebidas?
-Você acha que ela... – Parei para pensar
-Sim. Afinal, não demorou muito para que todos fossem embora e nós ficássemos sozinhos.
-Que desgraçada! – Murmurei.
-Não me importo com o que ela fez. Nem quero que ela saiba que descobrimos, o que acha?
-Bem, você tem razão, acabamos de nos recuperar da última briga. Mas, irei começar a observá-la melhor.
   Louis tinha uma maneira única de me abraçar, transmitindo segurança, carinho e todo o amor que sentia por mim. Virei meu rosto para seu peito, o beijando e subindo para o pescoço.
-Você não faz ideia de como isso é maravilhoso.
-O quê?
-Sua boca, a maneira como você me toca.
-Se quiser, posso parar.
-E se eu quiser que nunca pare?
   Foi o bastante para querer beijá-lo pela milionésima vez aquela noite, passamos do sofá para a cama, da cama para a cozinha e depois de algumas taças de vinho, nem sei mais onde paramos.

   
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 16/07/2017
Código do texto: T6056476
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