ONDE ELA ESTÁ? - Capitulo III - Dançando comigo mesmo

III – Dançando comigo mesmo

26 de agosto de 2017, Lisboa – Portugal

Em pleno domingo, uma nova correspondência chegou para Doni, era a terceira carta de Vincenzo. Doni abriu um vinho licoroso e foi ler a terceira carta.

“São Paulo, 22 de Agosto de 2017”

Caramba, é o terceiro dia que eu acho que você está lendo minha história, fico contente com isso Doni, caso não. Não posso fazer nada.

Deixa eu te perguntar, você já ficou feliz a ponto de dançar sozinho? Então ponha para escutar “Billy Idol – Dancing With my self”

Essa é a continuação daquele 5 de dezembro de 2014, mas agora tudo seria diferente.

RUA AUGUSTA,

Foi nesse dia 5 que minha vida mudou, afinal acho que estou fadado a esta data, É aniversario da minha primeira EX, foi o começo do meu namoro com a Agatha e meu primeiro beijo em Elisangela, mas antes disso te contarei como foi.

Saindo daquele inferno em que trabalhávamos, fomos a caminho da Rua Augusta, eu, Elisangela, Tamiza, Lara, Mayane, Dezinho e Barbi com aquela mochila de carrinho filha da puta!

No caminho paramos para compras algumas bebidas, pegamos aquela askov temperada sabe? No caminho foi a primeira vez que ela mexeu no meu cabelo, ela dizia:

- Bagunçado ele fica legal.

Eu me senti feliz só nisso e continuamos a ir, subindo a Rua Augusta, várias ideias entre todos, com uma pitada de fofoca entre as meninas. Paramos em um barzinho e Mayane nos apresentou a Nicolaska, Conhaque com borra de café e açúcar. Não sei o que houve, mas aquele dia eu não conseguia ficar bêbado, diferente de Elisangela que estava muito alegre já. Não esqueço, ela estava ao meu lado e eu fui para cima e ela dizia não, mas uma hora ela aceitou e nos beijamos, não posso descrever o que senti, por dentro eu estava dançando, pena que ela estava bêbada e não se lembraria mais tarde, ou fingi até hoje que não se lembra.

Ela passou mal e eu a ajudei de todas as formas, nem aquela calcinha vermelha que ela usava fez eu ser algum tipo de tarado. Já era tarde eu continuava feliz e não me importava se ela havia vomitado, eu a beijava (isso ai é outro carma com namoradas) E aquela mala da barbi continuava a me irritar, mesmo na volta. Pois bem, Mayane e Barbi conseguiram ir embora, Dezinho levou Lara para o terminal Parque Dom Pedro. E no terminal bandeira ficamos eu, Elisangela e Tamiza. Elisangela estava mal e dormiu no meu colo, estava frio e eu dei minha blusa a ela. Dezinho voltou e ficamos nos quatro ali, praticamente em três, pois Elisangela estava dormindo feito um anjo e eu fazia carinho em sua cabeça enquanto esperávamos o horário dos ônibus. Foi nesse dia em que minha amizade com Tamiza começou acabar, eu sem maldade soltei piada entre ela e o Gérson, ela ficou possessa, pois Elisangela que já estava acordada e era uma das melhores amigas dele. Lembro-me das palavras de Tamiza:

- Você não conseguiu o que queria? Que era ficar com Elisangela, pra que fazer isso? Você é um estúpido? Você merece mesmo se foder!

Bem, Elisangela foi embora no ônibus junto com Tamiza e eu voltei com Dezinho.

O terminal bandeira é um doa locais chaves, mas não agora. Eu estava tão feliz, que não esperava chegar segunda feira para ver Elisangela novamente.

Na quarta carta contarei sobre o término de minha amizade com Tamiza e o final de ano. Desculpe não continuar agora, mas quando se tosse sangue e os remédios não fazem tanto efeito é melhor dormir e torcer pelo dia de amanhã.

Forte Abraço, Doni

Vincenzo Ferrari

Doni termina de ler, e após tomar seu vinho pensa “Vincenzo está sendo dramático?”