Quando o Sino Toca...

Ela apareceu, veio como um anjo, carinhosamente me abraçou, dizendo apenas Oi!. Senti algo nela, que me deixou intrigado, não era algo normal, era novo, me coração de uma batida mais rápida. Minha mão carinhosamente escorregou por trás da cabeça dela, chegando ao pescoço e terminando nos ombros. Me apresentaram ela de uma forma nova, não me disseram o nome, mas que havia algo em comum entre nós. Ao mesmo tempo que tudo aquilo acontecia, sentia que já a havia visto em outro momento, não era alguém novo na minha vida, mas sentia um deja vu acontecendo. Ela chegou e começou a me pedir coisas, sabia exatamente o que era, e prontamente fiz, e ela me agradeceu. O tempo foi passando e eu ficava me indagando de onde a conhecia, olhei algumas fotos no celular e via eu e uma pessoa que parecia embaçada nas fotos. Deixei aquilo de lado e continuei a vida.

Me lembro de um dia de estar em uma praça e havia um monte de gente de todas as idades, como de costume, me sentei sozinho, com minha cerveja na mão, mexendo no celular, quando recebi uma ligação, era um amigo, falando um tanto desesperado, como se tivesse chorando, me dizendo para eu ir para o hospital e prontamente fui. Cheguei lá e encontrei meu amigo que me havia ligado. Me dizia, se eu lembrava daquela garota que tinha apresentado uma vez. Eu disse que sim, mas não havia mais contato com ela. Então meu amigo me dizia que ela tinha saído um tanto alcoilizada de um bar e pegou o carro e sofreu um acidente, e falecera agora pouco.

Ela apareceu, veio como um anjo, carinhosamente me abraçou, dizendo apenas Oi!. Senti algo nela, que me deixou intrigado, não era algo normal...

É intrigante como alguém aparece em nossas vidas e muda o sentido, dois mais dois agora não é mais quatro, não conhecemos alguém por acaso, por mera coincidência, mas já há um plano para todos nós, se conhecemos alguém hoje, já a conhecemos anteriormente, não o externo, mas que grita do lado de dentro. Aristóteles dizia que "o amigo, é uma única alma habitando dois corpos", por isso clamam por encontros, clamam por abraços, e carinhos, quando você encontra quem lhe faz falta, é óbvio que será de uma forma diferente.

Alfredo José Durante
Enviado por Alfredo José Durante em 30/08/2017
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