Pobre Alma

Impiedosos

E ela fazia de tudo para poder fugir dos pensamentos, e ela podia sentir seus demônios impacientes em sua cabeça, e ela conseguia sentir em seus ossos o que lhe apavorava, e ela podia ver que isso estava mudando a mesma, ela só não se importava com tudo, no entanto, ela por vezes não conseguia encontrar a luz que tanto procurava.

Ela continuava com todas as voltas que ela dava em seus planos, em sua boca ainda estava instalado o gosto que ela tanto ansiava, e ela dizia que as coisas mais fúteis poderiam construir um novo mundo. E em momentos, ela poderia jurar que com apenas algumas ficções poderia ir do Paraíso ao Inferno.

Talvez ela só precisasse organiza-los melhor, mas a quebra dela continuava, e ela apenas continuava a conta-la, e é claro que ela poderia desistir de tudo, mas os limbos que a cercam eram o segredo da sua atenção, e todas as suas flechas se formavam pensamentos inusitados.

Seus olhos talvez estivessem com medo de se fechar a noite, pois de tantos pensamentos, sua cabeça se tornava inabitável por qualquer outra coisa, fazendo se assim mais profundo do que algum vale.

E ao mesmo tempo ela possuía tudo, e talvez tudo pudesse estar errado, mas era a maneira bagunçada que ela achou de estar em casa, e os fantasmas que ali moravam passaram a ser seus amigos. E ela não sabia mas talvez a sua alma nunca pudesse ficar vazia, pois claro, ela estava possuída pelo fogo que cercava.

E quem sabe, a sua morte já tivesse chegado, mas tenha ficado encantada com o que ela guardava em si, o inferno impiedoso e o paraíso revigorante que ela mantinha em junto a seus demônios e anjos em seus pensamentos.

sebs
Enviado por sebs em 22/11/2017
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