POR AMOR EU MATEI (Parte 3)

(...) Tentei recordar de nossos momentos, se poderia ter acontecido, poderia eu ter um filho sem ao menos ter amado seu belo corpo? Quando lembrei, que em nosso último encontro, foi regado à poesias e uma bela garrafa de pinga, lembrando apenas quando acordamos, lado a lado, sem saber o que aconteceu. Aquela dúvida me consumia por inteiro, o amor que já havia matado, alimentou repulsa e indiferença, além de trocar amor por dinheiro, poderia ter escondido de um homem honrado seu próprio filho, não seria eu à buscar, talvez nem fosse meu, ela se casou logo em seguida à minha partida, ora, para que dúvida? Talvez fosse uma faísca do amor que senti um dia, querendo reascender, tratei de apagar, aquela mulher JAMAIS me usaria. Os dias foram passando, recuperei-me do ocorrido, voltei ao trabalho, era apaixonado pela medicina, a oportunidade de salvar e curar, talvez amenizar as dores, os sofrimentos, nunca neguei atendimento, com ou sem dinheiro, atendi a todos do mesmo jeito. Passou-se algum tempo, conheci Dora, uma moça de família, dita para casar. Disse a ela para não se apaixonar, que em meu coração o terreno é infértil e aqui ninguém mais vai habitar, que queria apenas diversão, mas nada adiantou, a doce e pura moça se apaixonou, e o que fazer? Não poderia fingir, não conseguiria fingir amor sem sentir, ela merecia mais que isso, pedi que nos afastássemos, virei as costas, entrei no primeiro prostibulo e ali permaneci a noite toda, uísque e a mulher mais cara da casa, foram meu divertimento, o nome dela? Bom, todos chamavam de Sara, mas na verdade, se chamava Clara. Como sabia seu nome? Confesso, era conquistador, quase um profissional. E ali, o prazer era gratuito, porque para ela, era recíproco. O amor transformou aquele homem, sensível e delicado, num conquistador sem coração. Naquela noite, Sara, ou melhor, Clara, no meio do ato pediu-me: “_Me pega pensando NELA”, perdi o interesse na hora, fiquei dominado pela ira e me evadi do local sem olhar para trás. No caminho até minha casa, vi uns caras se pegando e bêbado não me contive, gritei: _BICHAAAAA, e saí rindo... Quando apontei frete à minha porta, Dora me esperava, com um sobretudo preto, sapato vermeho, salto fino, estava linda! Ela soube que eu iria partir, então decidiu dar-me um presente, o qual já imaginara, perante a cena que me encontrava. Preocupado, convidei-a para entrar, perguntei como havia saído tão tarde, como seu pai havia deixado, ela disse que foi dormir na casa de uma amiga, tudo isso, para na verdade dormir comigo. Ela era “pura”, eu sabia, já havia sido acusado de tirar a pureza “daquela lá”, quase paguei com a vida por isso, já sei o quanto pesa, e não pretendo me casar com esta moça, então preciso me conter e contê-la, mas para ironia do destino, mal imaginava o que havia por debaixo daquele sobretudo preto, de couro. Ao fechar a porta, levei ela até a cozinha, para preparar algo, alimentá-la e levar para o quarto que era de mamãe. Tirei o blazer, desabotoei a manga da camisa, dobrei-a até o cotovelo, Dora me olhava fixamente, com maldade e aquilo ia me dando vontade... Tentei controlar, tentei! Até que ela...(CONTINUA, TRECHO ERÓTICO).