Eu não sou o amor da sua vida

Determinados hábitos não morrem: insisto em mergulhar profundamente em qualquer poça d’água. Eu sei. Eu sei! A culpa é minha. Talvez por não levar em conta milhões de variáveis. Mas principalmente por achar que venceria todos os obstáculos.

(Quanta inocência!)

Eu sou um desastre, sim. Contudo, não se engane: embora não utilize os métodos mais aclamados pelos psicólogos, tenho plena convicção de que para viver de verdade precisamos estar dispostos a correr alguns riscos. Você pode até censurar as minhas características masoquistas, entretanto, acho que deveria levar a sério quando digo que as dores amenizam e as feridas cicatrizam com o passar do tempo. É preferível dar de ombros diante de um fracasso do que definhar pensando no que poderia acontecer.

(E isso, meu caro, é questão de escolha! )

Nunca deixarei o meu coração atrofiar. Ele pode se despedaçar um pouco mais a cada embate, porém, quero entregá-lo diariamente e por vontade própria. Sem medos. Sem pretextos. Sem desejos reprimidos. Não vou tolerar apenas uma fagulha, uma pequena centelha - quero explodir de paixão onde exista reciprocidade.

(Aceitar migalhas nem deveria ser uma opção!)

Eu não sou o amor da sua vida simplesmente porque não preencho nenhum dos requisitos que você estipulou. Mas cá entre nós? Eu sinto muito por você optar pela solução ligeiramente mais fácil. E fácil, nesse caso, sempre foi desistir.