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      ANTÔNIO E DINA (Segunda e última parte)
 
                                       (...)
                  
                           Continuação...................                   



                         Na hora de lavar as louças, Tonho que já havia trabalhado bastante, ainda se prontificou a fazê-lo. Ele lavava e Dina enxugava. Conversa vai e conversa vem, quando estavam todas as louças lavadas, ela o empurrou para o lado dos fundos da casa.
                         - O que é isso, guria? Estou estranhando você.
                         Ela só deu um sorriso e disse que iria mostrar a horta que sua mãe cultivava. Chegaram onde havia algumas couves e cebolinhas plantadas. Chegou perto do rapaz, abraçou-o e o puxou contra o seu corpo. Naquele momento deu-lhe o primeiro beijo. Ele procurou afastar–se, mas ela não deixou. Até que Antônio pulou do lado e disse em voz baixa:
                         - Você está louca! Primeiro lugar veja a minha situação financeira e compare com a sua. Deixe-me ir embora.
                         - De jeito nenhum, guri. Não quero nem saber se você tem bens ou não tem. Vou confessar uma coisa. Desde mocinha que você salvou minha vida, sou apaixonada por você. Estava esperando uma oportunidade e hoje achei que fosse um dia propício...
                              O rapaz demorou um pouco, mas enfim, correspondeu. Confessou que antes mesmo do episódio do poço, já gostava dela. Um dos motivos que o levou a sair do emprego cujos patrões eram os pais da menina, é porque estava apaixonado e sofria devido à sua condição financeira. A desigualdade era muito grande.
                              O tempo passou. O namoro continuava, até que um dia Antônio pediu a mão de Dina em casamento. Com muita emoção a moça aceitou. Marcaram para o final daquele ano. Assim aconteceu. A festa foi grande. Veio gente até de outros países. Amigos e familiares. 
                              Chegou o tempo de matar o novilho, os porcos, frangos e carneiros. Uma festa e tanto. Tudo preparado pelo senhor Ibrahim e sua esposa. Antônio e Dina subiram no altar. Disseram sim um para o outro.
                              Tonhão passou a ser responsável por toda a fazenda. Fez faculdade depois de casado. Dali a aproximadamente três anos, faleceu o pai da moça. Oito ou nove meses depois foi a vez da mãe. Dina como filha única, junto com o marido herdaram todos os bens, os quais fizeram uma boa administração. Prosperaram muito.
                              Os filhos gêmeos de Antônio e Dina eram muito inteligentes. Tinham facilidade para aprender. Nasceram depois de quatro anos de casados. A mãe lamentava por seus pais não terem conhecido os netos, mas Deus sabe o que faz.  Uma boa faculdade os esperava. Tonhão com sua habilidade em trabalhar e administrar se tornou o homem mais rico da região. O casal querido com muitas amizades com pessoas importantes, mas o antigo empregado Tonhão nunca desprezou seus velhos amigos de infância e juventude.
 
(Christiano Nunes)