O Lobo e a Guria_ Cap. I

O balanço

Já fazia um bom tempo que não voltava a visitar minha tia avó na chácara dela.

Bom... E lá estava eu olhando para aquela cassa literalmente no meio do nada. Sem net, sem Wi-Fi, sem sinal para celular, resumindo: SEM TECNOLOGIA NEM UMA!!!!!!

Pensando bem, avia uma coisa que eu adorava fazer quando estava por lá: Balançar, tinha um balanço em uma árvore logo depois do riacho que passava pela chácara. E se eu não me engano fica bem no meio de uma clareira.

-Mãe...-Falei me balançando para frente e para traz pelo calcanhar.-Posso...?

Ela, já sabendo do que se tratava.

-Só depois que você ajudar a arrumar as coisas do carro lá dentro MC.

-Esta bem.

Dizer que eu fiquei animada por ela ter deixado foi pouco, sai igual a um furação de perto do carro carregando as minhas malas e mais umas sacolas de comida e presentes para a minha tia avó.

Depois que eu tirei minhas malas do carro, dei um beijo na minha avó e bença para o meu avô, sair da casa pela porteira que avia no fundo e sair saltitando nas pedras do rio ate o outro lado do mesmo e fui seguindo a trilha de tinta de grafite que meu pai avia marcado para eu não me perder na mata.

Mas para a minha surpresa assim que eu cheguei na clareira eu avistei a bendita árvore, mas nada de balanço, nem se quer uma corda dele. Me aproximei da árvore e andei ao seu redor. Nada, nadinha de nada. Isso era um péssimo sinal, literalmente um péssimo sinal.

Não tinha nada para fazer ali, então voltei para a casa da minha avó. Tentei chegar na surdina entrando pela garagem mas minha vó me viu.

-Sinto muito pelo balanço meu bem, mas tivemos que fazer isso por precaução.

-Como assim vó?

-É complicado meu anjo, toma. -Ela me deu uma cesta com uma vasilha de tamanho considerado grande e um pacotinho de granolado. -Vai para a casa na árvore e leva seu irmão contigo, mais tarde nós conversamos, esta bem?

-Tá certo vó.

Chamei meu irmão casula e fui andando acompanhando meu irmão que estava alheio a minha tristeza e fui para uma grande árvore de jabuticaba onde ficava suspensa entre dois galhos uma casinha toda feita de madeira de lei, o que dificultava a infestação de cupins e parecia que estava bem conservada, por fora, queria ver mesmo era por dendro pois as pinturas que aviam lá dentro era de uma estrema importância para me. Não me lembro porque, mas eram.

Sai correndo na frente do meu irmão sem olhar pra traz. Só ouvir meu irmão resmungar e correr na minha direção.

Cheguei na escada de corda e subir em um pulo. Abrir a portinha, entrei e dei uma grande puxada de ar; e acabei me arrependendo por causa do mofo que se aglomerava em um canto da casinha. Entrei na casa e olhei para traz vendo meu irmão examinando a casa.

-O que foi?- Pergunte.

-Nada. Só não sabia que aqui era assim.

-Você era pequeno. Da ultima vez que estivemos aqui.

Depois disso nós não falamos mais nada. Oque ficou meio constrangedor com o tempo. Para quebrar o gelo propus:

-Vamos na cachoeira?

-Você ainda lembra o caminho?

-Sim, eu acho...

-Lembra ou não?

-Tá. Eu lembro.

Saímos da casinha e fomos correndo iguais a dois furacões para dentro da casa da minha avó gritando igual ha dois malucos.

-MÃE, MÃE, PAI, VÓ!!! DEIXA AGENTE IR NA CACHOEIRA?!? DEIXA!!!

-Calma ai gente. MC você esta igual a uma criança, Você também JP.

Minha avó me olhou com um certo ar de preocupada, mas mesmo assim ela sabia que eu iria continuar a insistir.

-Bom, sei que aqui na fazenda é chato para você e não tem muita coisa para fazerem.... Mas assim, eu irei deixar vocês irem. Porem tem que me prometer que irão voltar antes de escurecer.

Antes mesmo de ela terminar de falar sair disparada com meu irmão em uma mine briga de quem chegava no rio primeiro, logico, meu irmão sempre ganhava de mim.

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Continua.

Compartilhem.

Maria Ellena
Enviado por Maria Ellena em 03/03/2019
Código do texto: T6588739
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