DOIS FUGITIVOS - CAPÍTULOS I E II

CAPÍTULO I - A MENTIRA

Posso lhe pagar uma bebida? _ Perguntou Gustavo para Laura.

_ Eu não lhe conheço. _ Respondeu Laura, pós olhar imediatamente para o lado, quando aquela voz rouca soou quase ao pé do seu ouvido. Laura estava encostada no balcão de um barzinho que era ponto de encontro de suas amigas. Ela mesma, poucas vezes esteve ali, mas, naquela noite suas amigas Fernanda e Camila a convenceram de sair um pouco, já que ela estava há dias desanimada, pois havia terminado recentemente um namoro de dois anos.

_ Então vou me apresentar; Prazer! Meu nome é Gustavo.

_ Laura deu uma risada abaixando a cabeça e ao levantar novamente o rosto, voltou a fixar os olhos naquele homem moreno e atraente que estava tentando puxar assunto com ela.

_ Prazer, meu nome é Laura! _ Respondeu ela pegando na mão do agora ex-desconhecido.

_ Você prefere vodka ou whisky? _ Perguntou Gustavo.

_ Nenhum dos dois.

_ Chopp... ?

_ Hã, hã! _ Gesticulou Laura, fazendo um sinal negativo com a cabeça.

_ Coquetel, refrigerante, suco? _ Ela novamente deu uma risada e passando o cabelo para trás da orelha, respondeu;

_ Vou aceitar um coquetel.

_ Posso lhe sugeri o meu predileto?

_ Pode! _ Respondeu ela com um olhar intrigante.

_ Garçom, dois Mojito por favor!

_ Sim senhor! Respondeu o rapaz que atendia no balcão onde Laura estava encostada, aguardando suas amigas.

_ Não vai dizer para ele se é com soda ou água com gás? Questionou Laura, mostrando que conhecia a bebida.

_ Gustavo virou o corpo todo para o lado, ficando de frente para Laura e fazendo um leve cruzamento nas pernas e apoiando o cotovelo no balcão, respondeu com um olhar devorador.

_ Ele já sabe que gosto com soda.

_ Hum... então você é frequentador assíduo daqui? _ Laura perguntou à Gustavo, com um tom sarcástico.

_ Digamos que venho aqui uma vez ou outra. _ Respondeu ele, dando uma leve risada.

_ Mas você nem me perguntou se eu preferia com soda ou água com gás. _ Questionou ela. Eduardo se aproximou mais dela e abaixando a cabeça, segurou levemente seu braço e quase encostando a boca no seu ouvido, disse em um tom de voz bem provocante;

_ É que quem decide, sou eu. _ Laura não conseguiu esconder o arrepio que sentiu e Gustavo, olhando provocantemente para os seus pelos dourados arrepiados, não conseguiu disfarçar o que viu, então deu uma risada.

_ Foi a minha voz ou a minha audácia? _ Gustavo perguntou à Laura, sem olhar para ela, enquanto observava as outras pessoas que estavam ao redor deles.

_ Não entendi. _ Respondeu Laura se virando para a frente do balcão e desconcertada diante da pergunta que Gustavo lhe fez. Neste momento, o barmen colocou os dois copos dos coqueteis, que Gustavo pediu, sobre a bancada e perguntou:

_ Algo mais senhor?

_ Não. _ respondeu Gustavo, entregando duas notas de dinheiro para o barmen.

_ Pode ficar com o troco.

_ Obrigado senhor! _ Respondeu o atendente. Gustavo entregou o coquetel a Sabrina, que ainda estava desconcertada. Então ele se virou novamente, ficando com as costas apoiadas no balcão e ao levar o coquetel à boca, perguntou;

_ Acho melhor irmos para um lugar mais reservado, não acha?

_ E porque eu iria? _ Respondeu ela com outra pergunta e na sequência continuou:

_ Até agora eu só sei seu nome. Não sei se é comprometido...

_ Antes que Laura continuasse, Gustavo a interrompeu;

_ Hum... então a sua curiosidade é essa; saber se sou comprometido. Acha mesmo que se eu fosse comprometido estaria aqui?

_ Laura ficou pensativa e antes que respondesse, Gustavo segurou novamente seu braço e falou:

_ Vamos para um lugar mais reservado. _ Laura olhou para a mão dele segurando seu braço e com um olhar de satisfação, permitiu ser guiada por ele. Era visível que ela estava totalmente envolvida por aquele homem e se sentindo bem com a situação. Gustavo estava mostrando ser um homem decidido e dominador e Laura estava gostando disso.

CAPÍTULO II – CEDENDO A TENTAÇÃO

_ Para onde está me levando? _ Perguntou Laura, com uma voz bem maliciosa.

_ Para uma mesa mais reservada, onde possamos ficar mais à vontade. _ Ao passarem pelo corredor que liga a pista de dança e as mesas mais reservadas, Gustavo encostou Laura contra a parede e ficando de frente para ela, pressionou seu corpo contra o dela e segurando suas mãos lhe deu um beijo longo e profundo.

_ Ufa! Você é muito apressadinho.

_ Você que é devagar demais! Comentou Gustavo ao pé do ouvido de Lauro, dando uma leve mordida na ponta da sua orelha. Ele sabia que ela estava se sentindo envolvida por ele.

_ Vamos para a mesa? _ Neste momento, Laura deu um leve empurrão em Gustavo, tentado afastar um pouco o corpo dele do dela.

_ Então vamos!

_ Preciso avisar minhas amigas.

_ Que amigas? _ Ao perguntar, Gustava fez uma expressão de quem não estava acreditando no que ela falou.

_ Sério! Eu vim mais duas amigas.

_ E a onde elas estão?

_ Hum... foram dar uma voltinha.

_ Então, vamos aguardar na mesa. _ Gustavo puxou novamente Laura pelo braço e andando na sua frente, escolhei a primeira mesa vazia que viu no salão.

_ Aqui é mais tranquilo, podemos conversar mais à vontade.

_ Conversar é?! _ A pergunta de Laura veio seguida de um sorriso sarcástico no rosto.

_ Isso vai depender de você. _ De repente, o clima foi interrompido por um barulho um pouco abafado.

_ É meu celular. Deve ser as meninas. É a Camila. _ Neste momento, Gustavo o colou sua mão sobre a coxa esquerda de Laura e ela olhando para aquela atitude atrevida, começou a responder a amiga.

_ Eu ainda estou aqui, estou sentada nas mesas conversando com o Gustavo. Éeee..., depois falo com você. _ Provavelmente Camila indagou Laura sobre quem seria Gustavo, mas ela, com receio da conversa se estender, preferiu sinalizar para a amiga que depois daria maiores explicações.

_ Então, a Camila vai vir sentar com a gente?

_ Não. Ela e a Fê estão também conversando com uns rapazes.

_ Então suas amigas também se deram bem nesta noite!

_ Como assim se deram bem?

_ Você não se deu bem? Está na companhia de um home educado, gentil e encantador. _ Gustavo colocou as mãos sobre as pernas de Laura, precisamente uma em casa perna e ao se alto elogiar, colocou-as embaixo do vestido que ela vestia.

Em uma reação abrupta, Laura segurou as mãos de Gustavo.

_ Vamos devagar. Já falei que você está indo muito rápido.

_ Prefere mesmo que eu vá devagar ou seria melhor irmos para outro local?

_ Qual local? Acho que aqui não tem lugar mais reservado que essas mesas. _ Gustavo se aproximou novamente do ouvido de Laura e com um tom de voz bem sedutor disse:

_ Tem um hotel aqui perto, poderíamos ir para lá. _ Sem pestanejar, Laura respondeu que sim.

_ Sim, podemos. _ Naquele momento ela imediatamente se deu conta que estava fazendo uma loucura. Ela acabara de conhecer aquele home e por mais atraente que ele fosse, ela jamais aceitaria um tipo de proposta dessa. Mas, ela aceitou! Estava se sentindo diferente e queria viver aquele momento.

Havia duas semanas que Laura tinha terminado um namoro de dois anos. Ela era daquelas moças que sonham com um príncipe encantado para levá-la ao altar. Tinha 23 anos e só saia para a balada depois de muita insistência das amigas. Laura era a filha mais velha de seu Agenor e dona Cibele. Tinha dois irmãos mais novos; Lara de 18 anos e Mateus de 13.

Ela estava no último ano da faculdade de arquitetura e conheceu Felipe, seu ex namorado, na faculdade.

Ao saírem do bar, Gustavo pediu para Laura aguardá-lo e retornou do estacionamento com sua moto Fazer 250 cc de cor preta. Ele entrou o capacete para ela, que achou tudo aquilo muito empolgante e subiu na moto como se estivesse indo fazer uma grande aventura.

Gustavo pediu para que ela colocasse as mãos na cintura dele e apertasse firme. Laura encostou a cabeça sobre as costas dele e a empolgação aumentou.

_ Podemos ir? _ Perguntou ele.

_ Sim podemos. _ Por cada esquina que eles passavam, Laura se perguntava o que é que ela estava fazendo. Após passarem pela quarta esquina, Laura retrucou:

_ Você disse que era perto do bar.

_ Calma, já chegamos. Foi só alguns quarteirões. _ Respondeu ele encostando a moto para estacionar. Ao descer da moto, Lauro ficou observando a fachada do prédio com o capacete na mão e questionou:

_ Mas aqui não é um hotel.

_ Não, não é. Resolvi lhe trazer no meu humilde “apertamento”. _ Eles entraram e subiram até o terceiro andar pelo modesto elevador. Era um prédio simples, e o “apertamento” que ele se referia, na verdade era uma quitinete. Ao abrir a porta, Gustavo fez um gesto com a mão, para que Laura passasse:

_ Pode entrar senhorita.

_ Então é aqui que você mora. _ Laura perguntou, dando um giro de 360 graus com os olhos. Gustavo não perdeu tempo e assim que trancou a porta, pegou o capacete e a bolsa das mãos dela e jogou no sofá. E virando seu corpo, ficou por de trás dela e a encostou na parede, falando novamente próximo aos seu ouvido:

_ Aqui você não precisa ficar com vergonha. Pode se soltar! _ A respiração de Laura estava ofegante e de repente ela soltou um leve gemido, quando Gustavo enfiou uma das mãos no seu cabelo e com a outra mão, levantou sua saia, se esfregando no seu traseiro.

_ Você gosta né?! Você quer?

_ Sim, eu quero! _ Laura respondeu com uma voz ofegante e fogosa. Gustavo redirecionou o corpo de Laura sentido à porta do quarto. Ao chegarem próximo a cama, ele a virou ficando de frente para ela. Neste momento ele colocou suas mãos sobre os seios dela e apertando-os levemente, começou a morder deus lábios.

_ Quer que eu te beije?

_ Sim, eu quero.

_ Eu quero você todinha! _Gustavo tirou sua blusa e abaixou sua calça e posteriormente sua cueca ficando completamente nu. Depois, levantou os braços de Laura, tirando o vestido e o sutiã que ela estava usando. Ele deu leves chupadas e mordidas nos seios dela. E deitando-a na cama, ficou por cima de seu corpo, encaixado no meio das pernas dela.

Os gemidos, sussurros e palavras depravadas ecoaram por toda a madrugada. Ao acorda pela manhã, Laura se sentiu envergonhada, levantou-se devagar, pegou suas roupas que estavam no chão do quarto e foi para o banheiro. Ao se olha no espelho, viu que tinha várias escoriações pelo corpo, resultado das mordidas e chupões que Gustavo lhe dera durante toda a noite.

Antes que ela terminasse de vestir a roupa, Gustavo abriu a porta.

_ Não vai tomar um banho? Perguntou ele tirando a toalha que estava enrolada na parte inferior do seu corpo. Laura olhou fixamente para o corpo nu dele e as pressas voltou a vestir a sua roupa.

_ Não, prefiro tomar banho na minha casa.

_ Não precisa ficar com vergonha, já perdemos todos os pudores. _ Comentou ele dando uma leve risada.

_ Não é isso. Tenho que ir, não avisei que iria dormir fora, meus pais devem estar preocupados. E a Camila e a Fê também devem estar preocupadas. _ Ela se explicava aceleradamente e ao tentar passar pela porta Gustavo a impediu colocando o braço.

_ Ao menos deixa seu contato. _ Quando ela retirou o celular de dentro da bolsa, para anotar o número dele, ela tomou-o da mão dela, digitou alguns números e o celular dele começou a tocar.

_ É só para ter certeza que não perderemos contato. _ Surpresa com a atitude, Laura pegou o celular quando ela a entregou.

_ Quer que eu te leve?

_ Melhor não. Vou chamar um taxi. Não quero quem meu pai tenha um infarto vendo um desconhecido chegar na porta da sua casa, trazendo sua filha que dormiu fora sem avisar. Deixa para a próxima vez.

_ Então vai ter uma próxima vez?

_ Quem sabe. _ Laura saiu apressada do apartamento, e ao chegar na calçada fez sinal para o primeiro taxi que avistou.

Durante todo o caminho ela foi pensativa. Iria enfrentar um turbilhão de perguntas quando chegasse em casa e teria que dar uma boa desculpa para não levar uma bronca de seus pais. Mas seus pensamentos ainda estavam naquela louca e excitante noite que ela passou com aquele homem que mal conhecia.

Mell Pimenta
Enviado por Mell Pimenta em 27/02/2024
Reeditado em 27/02/2024
Código do texto: T8008404
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