Herói dos mares
Gritos no convés ! , - porcos nojentos , nunca naveguei com marujos tão incompetentes . - Amarrem essas cordas homens ! mulheres grávidas se mexem com mais vontade ... O som do estalar das madeiras anunciava. que o navio não suportaria por muito tempo.
Éramos jogados como folhas ao vento . A tempestade caia como milhares de alfinetes espetando os nossos rostos não se via nada, além vultos em meio a chuva . só enxergávamos a frente quando a luz de um raio cortava os céus. Segundo depois som apavorante do trovão parecia anunciar o fim de nossas vidas . O Capitão imponente ao leme do navio parecia desafiar os deuses do mar . imóvel diante da tempestade ele bradava contra as ondas . Ora xingamentos profanos , ora palavras de desafio . O Mar revolto parecia atender a cada desafio . e a cada onda um marujo era lançado ao mar .
Cães sarnentos , porque sentem medo do mar , se ele é o chão por onde caminhamos . Porque temem a morte Pois se ela virá de qualquer jeito. Pelas ondas do mar ou pela doença de vossas carcaças imundas . Olhem para frente homens , vejam o glorioso céu que esta sobre vossas cabeças orgulhem se de viver este dia , pois pode não haver um outro .
Os ventos diminuíam e as ondas se acalmavam , mais e mais a cada minuto mais uma tempestade vencida . A noite terminou bem , exausto os homens adormeciam pelos cantos do convés , o Capitão finalmente se recolhera a seus aposentos e o imediato assumira o comando timão . Disso consigo me lembrar bem , vi tudo isso antes do sono me vencer .
Já chega meninos ora de ir para cama - Conte nos mais vovô , - Não amanhã depois do café quem sabe? , agora subam e deitem se em suas camas eu subirei para apagar as velas . - Boa noite meninos , há , boa noite vovô .
As crianças subiam as escadas quando o velho sacou seu cachimbo de marfim e ascendeu aquele velho fumo . e mancando se arrastou até a janela a fim de ver as ondas batendo contra os recifes . sentir o cheiro do mar era o único alento daquele velho encurvado que parecia amar o mar.