A Fúria do Camponês

Nos campos de arroz estava Le Ling, um camponês honrado e que amava a terra onde nascera. O terreno alagado onde o arroz estava era um lugar lindo como paisagem, Ling, amava aquilo, seu coração e sua vida estavam ali, onde nasceram seus ancestrais e habitava seu povo.

Estava tão calmo como sempre a arrancar ervas daninhas que crescem com o arroz, quando ouviu sons de grito: AAAAAAHHHHHHH! NÃOOOOO!DEIXE-NOS EM PAZ!

Sons variáveis de crianças, mulheres e homens, num tremendo desespero de apertar o coração. Ele ficou tão assustado que antes de correr, disse uma única coisa: A aldeia! E correu com toda a sua força, tinha 28 anos, bem saudável para um camponês da China Interior.

Subindo a colina viu fumaça, corpos e cavaleiros, mas ainda estava longe para entender o que estava acontecendo. Então, correu como tigre em busca da presa, entrou na vila e parou, olhando os corpos das crianças, mulheres, anciãos, tremeu diante daquilo, respirou profundamente e ofegante buscava ar mais parecia que todo o oxigênio do mundo havia acabado. E chorou, enquanto cavalos corriam de um lado para o outro, gritos de morte ecoando à direita, à esquerda, às costas e à sua frente, ele permanecia estagnado ali. Também, os cavaleiros passavam por ele e não o notavam, parece que estava invisível, na verdade no calor de um momento desses os homens deixam passar detalhes, coisas e pessoas, é um tipo de lapso mental.

Ele respirou fundo e caminhou para ver sua casa e viu na porta sangue, seu pai Yo Yong Ling, estava ofegante na ânsia da morte, ele ajoelhou-se diante do pai e com lágrimas o trouxe para mais perto.

Disse: Meu pai, meu pai honrado, meu pai... (lágrimas pingavam sobre a roupa de seu pai). Seu pai disse: filho, honre os ensinos que te dei e não esqueça de ser fiel. E deu uma profunda inspiração e morreu.

Ele chorou ainda mais e nem quis entrar na casa para ver o corpo da mãe e de sua pequena irmã.

Levantou-se, disse: Que vou fazer agora? Olhava para o chão e com o trapo que vestia enxugava as lágrimas que desciam facilmente.

Aí de surpresa, cercaram ele, era uns oito homens armados com espadas e quis correr, mais não havia maneira de fazer isso.

Então, fechou o punho com muita força e teve uma lembrança de que seu pai havia-lhe ensinado alguns truques.

Os homens ao ver que ele oferecia resistência, avançaram com suas lâminas para matá-lo. Ele esquivando-se de três espadas, deu um chute na perna de um dos homens que deslocou o osso. E muito mais furiosos ficaram, um alto e gordo, avançou mais que todos e ao lançar sua espada, sentiu a força de um chute em seu nariz, que o fez girar em 180 graus. Outro avançou, ele esquivando-se da espada, andava para trás e caiu, ao cair rapidamente esticou a perna e deu uma rasteira, seguida de um golpe com os pés no peito do adversário. Assim, ele foi vencendo um a um dos oito homens.Ao fim daquela batalha, percebeu-se cansado e foi beber água para matar a sede terrível.

Ao beber quase um litro, sentou e fechou os olhos de tanto cansaço, foi intenso o dia, seu desejo era que tudo aquilo não fosse verdade, mais era.

Estava sentado numa cadeira em frente a sua casa, corpo de seu pai estava ao seu lado, os oito homens mortos na frente da casa e pensando em que havia acontecido, permanecia estático.

Homens vieram eram quinze e dentre eles um com adereços que o distinguia dos demais. Ele veio a frente do grupo e gritou: Foi você que fez isso? Seu camponês porco, seu porco que vive de arroz!

Ele no entanto, permanecia parado como que meditando de olhos fechados. E como não não houve resposta, o chefe deles disse: Matem-no! E como búfalos selvagens vieram para destruir a vida do camponês. Ele permanecia calmo de olhos fechados, quando chegaram a quase um metro, ele abriu os olhos e com dois chutes abateu dois que levantaram com alguns minutos depois. Uma incrível habilidade em usar as mãos e os pés como arma de defesa havia nele, diz-se: que o trauma desperta habilidade incríveis no homem, talvez ocorreu isso.

O certo é que nenhum oponente, suportava por dois minutos de pé diante do golpes massacrantes dele. Quando pôs todos ao chão, caminhou em direção ao chefe deles.

O homem preparou-se para atacar também, mais era gordo e lento.

E o camponês, gritou: Mataste meu pai, mataste meu clã, meu povo, vivemos aqui a 300 anos e acabaste com tudo, sobrou a mim.

Para mostrar ao mundo, a arte escondida Do Tigre Veloz, vai sentir a garra penetrar em seu peito.

E mau terminou as palavras, avançou e num só golpe o homem caiu morto. E saindo dali, foi enterrar nos campos de arroz sua família e seu povo, durou dois inteiros até que enterrou todos. Pôs fogo nas casas e olhando para o campo de arroz, disse: Adeus minha querida terra!

José Lins Ferreira
Enviado por José Lins Ferreira em 07/02/2014
Reeditado em 07/02/2014
Código do texto: T4681856
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