A SNAIPER E A ENFERMEIRA VOADORA.

A GUERRA CHEGA!

Sabia que era só uma questão de tempo até a guerra chegar á sua vila. Todos ali sabiam, mas ninguém queria pensar ou aceitar o fato. Viviam suas vidas como sempre com suas cabeças enfiadas na rotina. Até uma tarde minada de nuvens, chegar um comboio de 15 carros. Um oficial com rosto duro e coberto de cicatrizes como se fossem medalhas, pisou com violência e determinação na terra. Olhou com desprezo para os moradores. Lançou suas palavras que cortaram os camponeses como navalhas.

- a guerra chegou! Queremos soldados! Vocês têm duas opções: voluntários ou não. Pouco me importa. Ambos os sexos. Idade de 13 até 60. Quantos moradores tem essa vila?

A voz saiu forçada em meio a as pessoas:

- 50 moradores.

- Então será 20 soldados.

Ninguém ali se atreveu a lamuriar ou emitir qualquer som. Ninguém queria arriscar mais vidas além das 20 já condenadas. Com as cabeças baixas e olhos cheios de lágrimas seguiram para seus casebres. Cada família sentia a agonia de designar um deles para a morte. No casebre no fim da rua de terra, na cozinha com a mesa farta de vegetais, compotas, queijos e no teto linguiças e salames pendiam, dando á cozinha um aroma único e um ambiente acolhedor.

Lá os cinco não tinham coragem para se olharem. O pai de 56 anos, cabelos loiros, baixo, encorpado. A mãe 58, cabelos negros, alta. O filho mais velho 30, cabelos castanhos, faltava lhe uma mão, á tempo foi colhida junto com o arroz. A do meio 18, ruiva. E a o caçula 4 anos. Filho dos vizinhos mortos. Suas 4 crianças foram distribuídas entre os moradores.

- Eu vou.- falou o pai levantando o rosto.

-Não - falou o filho com a voz embarcada e as lagrimas prontas para cair- o senhor já tem 56 anos. Eu vou.

- você não tem uma mão. Quando temo acha que vai durar?

A mãe com o caçula no colo falou:

- eu vou.

A do meio os fitou. Sua voz calma fluiu:

- a única escolha sou eu. Sabíamos que essa hora chegaria. Todos sabiam. Se alguém de nós tem uma chance de conseguir voltar sou eu.

- Espero que não precise, mas se precisar rezarei para a enfermeira voadora olhar por você. – falou a mãe.

- está tudo bem. Você é o cerne de nós mãe. E vocês são o que eu tenho de mais valioso. Nada é mais importante. Vou pegar as minhas coisas.

-mas filha eu posso...

-não pai. O senhor sabe. Deixa estar. Deixa acontecer.

Uma pequena fila se formava em frente de um dos caminhões. O medo estava ali silencioso, escondido nos olhos de cada um. Todos ali se conheciam. Todas pessoas boas. O soldado com uma prancheta na mão a perguntou:

- nome e idade?

- tic-tac 18.

Ela entrou na carroceria do caminhão. Sentou-se no banco. Sentiu o tremor quando o motor funcionou. Não havia lágrimas naqueles olhos. Em nenhum deles. Não poderiam transmitir a dor e o medo que estavam sentindo. Sua família como todas, olhou o caminhão partir. Não houve escândalos. Só a dor silenciosa de um povo sem escolha.

A mais nova do caminhão era Binga uma menina de 15 anos. Era a mais velha de 3. E o mais velho dali era Figo, era o pai de 5, tinha 40 anos. Almas condenadas. A sombra da morte pairava sobre eles. Tic tac sabia.

Todos em silencio olhavam o mar verde das plantações que se estendia em ambos os lados. Queriam gravar aquilo na memoria. Queriam levar um pouco de casa com eles.

Sentiam se quebrados. Destinados.

No acampamento foram testados. Deram-lhe varias armas. Depois de 6 messes suas tarefas foram distribuídas. Agora estavam prontos para tirar vidas. Prontos para ser a morte. Tic tac era uma das melhores snaiper, mas corpo a corpo era uma negação.

Estava pronta. Não cabia mais a ela se esconder. Derramaria o sangue que fosse necessário para deixar a carnificina o mais longe possível de quem amava. Aceitou o fato de que nunca conheceria os males da velhice. Que nunca sentiria o peso da idade. Nunca ficaria sábia com ela. Aceitou o fato de ser uma daquelas vidas que veem ao mundo por pouco tempo e se vão rapidamente. Poucos se lembrariam dela. Bem na verdade pouco se importava com as memorias de quem ficasse. Treinou para conseguir levar o maior numero possível deles antes de partir. Esforçou se para enxergar o inimigo não como pessoa, mas, sim como coisas sem vida, algum tipo de monstro inumano cuja único objetivo é causar o mal.

Nas noites de chuva deitada em sua cama no acampamento, sempre pensava como seria sua morte. Não queria acabar morrendo em um hospital. Queria morrer olhando algo bonito. Como se sua alma habitasse aquela imagem para todo o sempre. Mas sabia que nada era para sempre. Nada. Tudo se quebrava. Gastava-se. Nada durava. Como a vida. Como o corpo. Só a guerra parecia ser eterna. Eterna enquanto os humanos durassem.

A EMBOSCADA.

Era a vez deles. O grupo de 50 soldados tomaria a vila na beira do rio. Tic tac era a única snaiper. Achou uma posição. Entre duas pedras no morro com a vista limpa da aldeia. Seu segundo ponto quando avançassem seria a torre da igreja. As igrejas e os templos eram os preferidas de tic tac. Talvez por toda uma simbologia imposta deste muito tenra, enraizada no subconsciente.

O capitão deu o sinal. Todos foram para os lugares. O grupo de assalto esgueirava-se próximo ao muro de pedra baixo que circundava a aldeia.

Tic tac viu 3 soldados pela sua lente. Não passavam de figuras. Bonecos sem alma. O grupo de 6 soldados de assalto estava quase lá. Tic tac colocou o centro do x na cabeça do soldado mais próximo. Trancou a respiração e puxou delicadamente o gatilho. Viu a cabeça dele explodir, seu corpo sem vida desabou no chão. O grupo de soldados de assalto pulou por cima do cadáver e dirigiu se para o prédio principal.

Na lente agora estavam dois soldados um homem e uma mulher. Ele acendeu ao cigarro para ela. Colocou o x na cabeça do homem e puxou o gatilho. Mudou rapidamente para a mulher que permaneceu atônita no lugar coberta de sangue. Puxou o gatilho. O corpo caiu.

Tic tac não gostava de matar mulheres. Não admitia isso. Também não entendia o por que. Elas eram tão más quando os homens, tinham tanta culpa nessa guerra quando eles. Talvez fosse pelo fato de ver tantas debruçadas sobre os cadáveres de pais, filhos, netos, maridos, amigos, sempre chorando. Não também não era isso. Talvez por sentirem mais. Não também não era isso. Afastou esses pensamentos que não levaria a lugar nenhum. Tanto faz o sexo. Inimigo é inimigo! A bala que sai da arma de um homem ou de uma mulher tem o mesmo resultado final: sangue e lamento.

Levantou sua mira para a rua que subia levemente. Somente alguns transeuntes inofensivos.

Voltou para as janelas do prédio principal. Viu Narkia a tenente faz sinal para ela avançar. Pegou o seu rifle e correu ate a igreja. Estava vazia. Subiu as escadas ate a torre e se pôs em posição.

Vista perfeita das janelas do prédio. Apertou mais 5 vezes o gatilho e 5 corpos caírem. Na rua tudo estava calmo. Aquelas pessoas nem imaginavam o que se passava ali. Narkia deu o sinal de ok pela janela.

O grupo de assalto saiu. Ela foi em seu encontro.

-tictac seus disparos foram perfeitos.

Ela nada disse.

-tomamos o prédio, era um quartel avançado. Acho que pretendiam se instalar aqui.

O restante do batalhão estava agora entrando na cidade. Todos orgulhosos. O comandante aproximou-se e com um sorriso no rosto falou:

- perfeita tomada nem um dos nossos caiu.

- obrigada senhor. – falou Narkia.

Vamos continuar no esquema, vão á frente.

- mas senhor a noite não tarda, pensei que pousaríamos aqui.

-não. Temos que passar o campo á frente ainda hoje e chegar do outro lado do rio. Na vila da outra margem. Agora vão.

-vocês ouviram. Vamos!

O grupo de 6 soldados , mais a snaiper partiram. Caminharam ladeira á cima e depois ladeira á baixo, entre as casas de madeira e olhares de medo. Tic tac era a ultima da fila. Carregava os 6,5kilos de sua arma, mais munições, cantis. Só ela não tinha colete contra balas. Afinal a snaiper era quem menos se arriscava. Sempre escondida. Sempre esperando. Sempre dando tiros certeiros. Toda vez que apertava aquele gatilho a morte saia de seu rifle. Talvez por isso Narkia a deixava por ultimo. Não sabia. Também isso não importava mais.

Passaram o murro da cidade á frente a grama verde e além a floresta.

O primeiro da fila para. Todos param. Tic tac deita no chão e olha pela mira de seu rifle. Vê algumas figuras escuras escondidas entre as arvores.

- embosca! – ela grita.

O som de disparos e explosões vem da vila que passaram.

-o batalhão esta sendo atacado!- grita Narkia.

As figuras saem correndo de trás das arvores. Quando estavam dentro do alcance do todos Narkia dá ordens para atacar. Todos disparam.

É justamente essa situação que tic tac odiava. Sem um bom lugar para se posicionar. Sua arma não utilizava toda a sua capacidade. Agora dava tiros movidos á adrenalina. Era o caos. Tic tac não tinha controle sobre isso. Não podia ver o panorama completo. Como manteria sua equipe em segurança? Perto da margem da floresta havia uma arvore maior. Não era um ponto perfeito, mas era alguma coisa. Melhor que ficar ali grudada no chão. Reuniu toda a sua coragem. Levantou-se e começou a correr o mais rápido que podia. Ouviu o grito de Narkia:

- tic tac NÂO.

Logo sentiu a bala quente atravessar sua carne a rasgando. Perdeu toda sua força. Caiu no chão. O mundo inteiro parecia ter diminuído de velocidade. Á poucos metros á frente via a floresta. Arvores de troncos lisos, altas. Dobravam se conforme a vontade do vento, suas diminutas folhas lutavam para permanecer nos galhos. Tingidas agora de dourado do por do sol. O céu estava azul onde pequenas e espatifadas nuvens passavam apressadamente, parecia que estavam atrasadas para algo importante. Uma bela vista para ser a ultima.

Sentiu agora uma dor alucinante irradiar de seu peito. Como se houvesse milhares de lâminas a cortar de dentro para fora, viu a grama ao redor ficar tingida de vermelha. A dor aumentava, e agora ter como ultima visão o teto branco de um hospital já não parecia ser uma ideia tão ruim. Suas pálpebras pareciam pesar meia tonelada cada. Conforme os tiros diminuíam sua fraqueza aumentava. Com os olhos semiabertos viu um homem aproximar-se falou:

- a maldita snaiper era uma mulher.

Ele continuou. Tic tac só pensava: ‘por que não morria logo, por que demorava tanto, por que doía tanto...onde estavam os outros’.

Sentiu uma mão em seu ombro. Entreabriu os olhos e percebeu que já era noite.

- vou lhe ajudar...

Viu uma mulher e apagou.

Sabia que estava deitada. Sentiu o colchão mole, o travesseiro fofo.

Apurou os ouvidos. Buscava sons de gritos de dor , em vez de gritos ouviu o cantar de pássaros.

Respirou fundo. Sugou os aromas do lugar. Esperava por odores de sangue, fezes, urina e remédios, entretanto sentiu um aroma adocicado com um fundo salgado. Era bom.

Sentiu medo de abrir os olhos. Medo de estar morta. Reuniu toda coragem que dispunha e abriu. Viu o teto. Mas esse também não era branco, era um amarelado com faixas pretas. Era de bambu.

Sentou-se. O quarto parecia girar por alguns segundos. Uma pontada aguda em seu peito a vez lembrar-se do ferimento. Não podia estar morta se ainda sentia a dor e tontura. Mas quem sabia dizer como era o além vida? Para tic tac e sua vila as pessoas simplesmente somem quando morem. Simples assim. Não á mais nada. Nem dor, nem fome, frio ou calor, nem risos, nada. Apenas se apagam, como se uma enorme borracha passasse sobre elas, deixando para trás apenas o corpo, o que não dura muito.

Tic tac tinha medo de se apagar. A guerra mudou isso. Talvez simplesmente sumir não fosse tão ruim. Não havia nada mais, só o fim.

Levantou-se. Ouviu o chão protestar com rangidos. Andou até a porta. Comtemplou uma imensidão azul. Todo um mar resplandecia abaixo de um sol. Era um azul infinito... Nada é infinito. Tudo acaba. Sempre.

- é uma beleza, não né?

Olhou para o lado, em pé, lá estava a mulher que viu naquela noite. Ela usava jaqueta de aviador, marrom, calça de tactel rosa e um par de botas marrons. Atrás dela estava sua maquina voadora, era dois círculos, cada qual com uma grande hélice no topo, estavam ligados por um corredor oval. No final do ultimo circulo projetava- se mais uma hélice. O primeiro circulo era quase todo transparente, dava para ver a cadeira do piloto e do co piloto, os comandos tudo, já o segundo circulo era totalmente negro.

Notando o olhar de tic tac pousada na maquina, ela falou:

- Cabem 4 enfermos no primeiro circulo dois presos no lado externo, e cabem 6 no segundo circulo.

- Achei que era só uma lenda.

A mulher sorriu:

- sou meio lenda e meia verdade.

A ENFERMEIRA VOADORA.

- estava quase morta.

-achei que seria o meu fim.

- é foi uma matança e tanto lá.

- e os outros?

-trouxemos mais alguns.

- é verdade que trazem dos dois lados?

- sim. Aqui não existe inimigo. Só vidas que precisam de ajuda.

- Quando criança ouvia as histórias. Quando se fica adulto se mata o que nunca se viu. Ou o que não condiz com a realidade. Ate onde é verdade a lenda?

- venha irei lhe mostrar.

- onde esta a minha arma?

-aqui não precisa de arma.

Havia dezenas de cabanas á beira da praia cada um com um único enfermo ocupando. Mais no interior havia o hospital. Cinco prédios enormes, com varias maquinas voadoras chegando e saindo constantemente.

- por que fazem isso?

-estamos procurando a cura, para a doença de vocês.

- não estamos doentes.

-áh estão sim. Não vê que o hospital está sempre lotado. Você mesma esta doente.

- que doença?

- a brutalidade.

-isso não é doença.

- claro que é. E como toda doença tem cura. Só não a encontramos ainda. Mas estamos procurando.

Tic tac nunca pensara assim. Não fazia sentido. Estava muito agradecida por tê-la salvo. Não desejava a morte. Achou melhor mudar de assunto. Observou o lugar.

A areia dourada era sucessivamente beijada pelas ondas do mar, como um amante carente.

A rua acima era larga e pavimentada, estava coberta por uma fina camada de areia, que o vento tentava pegar para si. Havia muitos homens e mulheres. Todos vestiam calça rosa, casado de aviador e as botas, havia alguns desgarrados vestindo calça preta e camiseta azul. Á cima da rua em meio á mata verde escura estavam os cinco prédios, dispostos á formar uma meia lua. Cada um com 6 andares. Largos, pesados, compactos. Pareciam ter brotado do solo como grandes rochas. As maquinas voadoras os circulavam como insetos ao redor de uma lâmpada. Pousavam, descarregavam os feridos e decolavam apressadamente em busca de outra vitima da guerra.

- onde estamos?

-é uma ilha de sanidade em meio á loucura. Uma ilha de cura em meio á doenças.

- e se a guerra chegar ate aqui?

- iremos encontrar a cura antes. Não se preocupe. Daremos um jeito. O universo conspira. Sempre. No final tudo se ajeita de um jeito ou de outro.

Pararam em frente de uma maquina voadora, ela abriu a porta e falou:

-entre.

- para onde vamos?

-vou leva-la de volta.

-acabei de despertar.

-sim. E já esta fora de perigo. Não tem por que ficar aqui. Exceto se desejar se juntar á nossa busca pela cura.

-não posso. Tenho que impedir a guerra de se alastrar.

-endento. Uma vez lá. Uma vez que se mata e se deixa morrer é difícil de parar.

-Acha que gosto disso? - Falou brava tic tac.

-tenho certeza que não. É como um vício. Ninguém gosta. Incomoda. Faz mal. Destrói. Mas não consegue parar. Estamos no caminho da cura.

Tic tac subiu na maquina voadora. Sentiu um frio na barriga. Sentia a vibração da maquina. Logo tudo o que via era imensidão do mar, o céu azul com uma barreira de nuvens no horizonte.

-é lindo, não é?

Tic tac respondeu:

- é sim.

Sentimentos fortes surgiam em tic tac, eles cresciam e se apossaram. Sem perceber estava pensando no mar verde de casa. Em sua família. Sentiu como se seu corpo fosse explodir. Era tudo muito intenso. Demais para um só coração suportar. A válvula de escape utilizada foi a lágrima. Elas começaram a brotar, uma atrás da outra. Nem sabia o motivo mais sabia que se não fizesse aquilo acabaria por explodir. Percebendo que a enfermeira a olhava ela falou:

- desculpa...

-esta tudo bem. Á momentos em que o corpo parece ser pequeno demais para abrigar a nossa alma, quando ela se desenvolve rápida demais, e para não extravasar o corpo fazemos uso das lágrimas. Á momentos em que a alma quer fugir e só á uma maneira de acalma-la, com lágrimas. Lágrimas são na verdade pequenas gotas de sentimentos, de emoções, é a nossa alma falando.

- você acredita nisso?

- É claro. Se não possuíssemos alma seriamos somente um amontoado de carne e osso inútil.

Tic tac olhou para as nuvens que rapidamente se aproximavam. Negras e achatadas na parte inferior, fofas e iluminadas na parte superior. Eram lindas e assustadoras ao mesmo tempo. Foi nesse exato momento que ela percebeu que era exatamente isso que pensava da guerra. Da brutalidade.

A maquina pousou no gramado onde ela havia sido ferida. A enfermeira falou:

- sua base esta depois daquelas arvores, não á mais inimigos. É só seguir.

Ela levantou vou. Tic tac ficou sentindo a rajada de vento. Quando ela não passava de um pontinho preto contra o azul, tic tac voltou-se para frente. Exceto pelo dourado do por do sol era exatamente a mesma paisagem que pensou ser a ultima que veria em vida. Respirou fundo, ajeitou a alça de seu rifle no ombro. Andou até a floresta passou pelas arvores e lá estava o acampamento de seu batalhão. Olhando aquelas pessoas armadas. Um pensamento lhe ocorreu:

‘talvez toda essa violência fosse mesmo algum tipo de doença um tipo se insanidade que se espalhava e infectava a todos e precisava de uma cura antes que mataria todos’.

valmi
Enviado por valmi em 23/07/2015
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