IDADES... EM BUSCA DA VIDA

 

 

60 ANOS... me sentia velho para dar continuidade na pratica de judô, porque culturalmente se pensavam dessa forma e por isso desisti do esporte praticado por 35 anos.

 

68 ANOS... anos sofri um AVC, fiquei sem falar, sem escrever, sem tocar meu acordeom e flautas achando que a vida estava chegando ao fim Recuperei dentro de dois anos, mas com 70 anos continuava me sentindo mais velho ainda.

 

70 ANOS... comecei a pensar: havia me recuperado, mas a idade tinha avançado: - e se eu voltar ao esporte? Pois ao meu ver, a continuidade da minha vida, só depende de mim! Mandei uma mensagem para o meu cérebro: Não estou velho! E fui à luta. Reinicie o judô e iniciei junto corridas de rua iniciando como um guerreiro enfrentando as dificuldades da idade para tentar provar que a idade não seria empecilho, e para surpresa minha não ouve empecilho... continuei sendo esportista até os 75 ANOS. Disputei o campeonato brasileiro de máster no judô com 73 anos e paralelamente corri 50 eventos competitivos – só, como exemplo, na única corrida internacional que fiz em Miami onde correram mais de 2100 de todas as idades eu fiquei na 570 posição não me considerando mais um velho correndo, pois passei mais de 1.500 jovens. E no RGS fui duas vezes campeão estadual pelas corridas do Sesc de Porto Alegre. A velhice esta na nossa mente e não da nossa idade.

 

74 ANOS... iniciei ciclismo, não competitivo, e até aos 78 anos pedalei por 10.000 KM, substituindo as corridas devido a uma lesão no joelho. Mas precisei enfrentar um AVC para convencer a minha mente que eu não era velho... Continuo pedalando quatro vezes por semana e nadando no verão, até que a velhice realmente apareça.

Neri Satter – Maio de 2022

 

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 12/05/2022
Reeditado em 06/06/2022
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