O REINO DO NORTE E7
Amanhece Jhonatã, com tudo arrumado faz o último pagamento a suas funcionárias e rapazes que trabalham para ele.
- Queremos ir.
- Não podem, já lhes falei, só posso ir sozinho.
- Por que?
- Por que já me atrasei, nem sei se terei a sorte de encontrar meu contato.
- Por isso mesmo, precisa de apoio.
- Não quero deixa-los em apuros.
- Por favor.
Ele vai até a portinhola ao fundo de seu aposento e ali seus servos são orientados a irem para a vila e depois ficarem á disposição do rei.
- Sim sr.
- Obrigado, adeus.
- Adeus.
Jhonatã pega duas sacolas de tecido que fizera, levara pouca coisa e sai pelo corredor até ser parado por Gaspar.
- Jhonatã.
- Gaspar.
- Onde vai?
- Preciso sair, ver uma cliente.
- Sabe que o rei precisa te dar o libero.
- Já o tenho.
- Preciso ver.
- Por favor Gaspar.
- Jhonatã, me entregue, se for assim, estará livre para sair.
O jovem olha para Gaspar que entende a aflição do companheiro de tantas noites ás escondidas, lágrimas descem e Jhonatã pega uma sacola e coloca no chão, faz que vai procurar o documento e corre porém é pego antes de chegar ao portão principal.
Gaspar corre atrás dele e ali ao choro ele vê seu amigo sendo preso e acorrentado pelos soldados moscos que o levam as gaiolas abaixo do castelo, de longe Elizandro acompanha aquilo com certo pesar, nunca fora próximo ao cunhado mais agora entende cada vez melhor o sentimento e a situação que se instalou no reino depois desta interdição do sul.
- Infelizmente alguns serão tratados como devem e querem.
- Isso é maldade.
- Matar seu povo de fome não o é, tratar seus servos como que animais de caça deve ser o máximo da bondade e benevolência não?
Emiza diz ao marido olhando para ele, abre um sorriso satisfatório em ver a situação do último resquicio do antigo casamento de Elizandro.
Gaspar retorna a sua sala, agora ele trabalha mais 5 servos de confiança do sul e um aprendiz, Salomão, Elizandro vai a seu quarto onde vômita nos baldes debaixo da cama, ali ouve o abrir da porta.
050722....................
Samantha ali rodeada por suas servas no grande castelo do extremo sul, já esta na oitava prova de vestido e como que por acordo geral ela decidira que este em seu corpo será o oficial no assino daqui a algumas horas.
- Para mim tanto faz, sabendo o que pretendo fazer antes, durante ou depois.
Seliá, a governanta do castelo olha para a futura rainha e esposa do grande rei Saul com tanta desconfiança quantas possam lhe caber na mente.
- Como queira soberana.
- A única coisa que me faz sentir melhor é este tratamento, soberana combina em tudo comigo.
- Mais alguma coisa?
- Uma corda, foprte o suficiente para meus planos.
- Com licença. Assim que a mulher sai, uma garota entra no aposento e cabisbaixa entrega a Samantha um envelope com selo real.
- Quando chegou, é do norte?
- A menos de duas horas senhora.
- Por que não me trouxe no mesmo tempo?
- Tenho que cumprir ordens senhora soberana.
- Sei, ja pode ir.
- Sim.
A garota corre como um lince para fora do quarto, no corredor pega duas trouxas de roupas para lavar.