O VINGADOR NEGRO - JUSTIÇA TARDIA, MAS INFALÍVEL CAPÍTULO 04

- Para provar que estou dizendo a verdade, hoje mesmo, o senhor receberá de volta sua propriedade, afinal não desejo que fique abandonada e tenho certeza que o senhor cuidará bem dela.

- Eu não entendo porque faz isso.Você me parece ser uma pessoa bem inteligente e com certeza em muitas áreas se sairia bem honestamente, mas ao contrário, se põe contra a lei e prejudica pessoas que só querem viver sua vida – falou Don Gabriel de uma maneira mansa

- Eu já fui uma pessoa que passou por situações muito humilhantes e resolvi dar um basta em tudo isso. Agora eu é que dou as cartas, mas ao contrário dos meus algozes eu sei respeitar meus adversários e quem não me dá problemas vive uma vida normal – disse o mascarado com seus olhos brilhando.

- E você acha que isto está certo?

- Certo , não está Don Gabriel, mas muita coisa errada fizeram para mim e pessoas que poderiam me ajudar, me viraram as costas. Agora eu estou por cima.

O homem fez um sinal e um de seus capangas deu uma coronhada por trás da cadeira em Don Gabriel fazendo-o desmaiar.

Quinze minutos depois ele acordava embaixo de uma grande árvore que existia na entrada do rancho de seu tio já sem as amarras.

Não havia nem sinal dos bandidos e sua cabeça estava doendo muito. Levantou-se e foi para dentro da casa onde deitou-se e somente despertou no dia seguinte.

Don Gabriel passou o dia pensando na conversa que havia tido com o bandido mascarado. Para ele, o homem não tinha cacoete de bandido, mas estava tentando se vingar de algo.

Agora o bandido sumira assim como quaisquer pistas do mesmo. Agora Don Gabriel teria que esperar um novo ataque. O rancho estava agora sem nenhum animal. Teria que recomeçar do zero. Sabia que não seria prejudicado se não fosse contra ele.

Então lembrou de um detalhe de quando era pequeno. Um dia vira em suas brincadeiras próximo ao rio que havia um subterrâneo que dava para o rancho e ficava atrás de folhagens que fica. Naquele tempo as folhagens eram razoavelmente grandes e cobriam a saída. Se ninguém tivesse descoberto, as folhagens teriam aumentado bastante.

Foi ver como estava a situação. Pegou o cavalo, mas para evitar que alguém que estivesse de viagem o notasse, resolveu ir a pé. Ao chegar, ficou surpreso.

- Diabos, a vegetação agora se tornou muito densa. Vou me aproximar para ver se consigo ir até a entrada.

Pegou então um facão e passou a cortar alguns ramos de vegetais que o impediam de aproximar-se da entrada. Foi então que mais alguns passos a frente...

- O tempo se incumbiu de fazer arbustos imensos e enroscados que cobrem a entrada.

CONTINUA...

A dez quilômetros de Austin...

- Calma pessoal não é um assalto – falou o homem mascarado.

Minutos atrás ele e mais dois homens perseguiram a diligência matutina para Austin. Pararam a diligencia na beirada da trilha.

Apesar de não serem tão hostis, eles empunhavam revolveres. O homem mascarado que estava à frente do grupo, abriu a porta da diligência e observou o interior da mesma.

Depois de olhar um por um dos passageiros, o mascarado falou:

- Não estamos interessados em nada de valor seus. Procuramos um homem chamado Thomas Owen.

Na diligencia haviam cinco pessoas. De um lado um janota com um cigarro na boca e um monóculo em um dos olhos e uma mulher que aparentava uns vinte e cinco anos com um vestido longo, loura com ares de atriz.

Do outro lado, outra mulher já quarentona, cabelos negros e com um menino de mais ou menos oito anos, um homem com mais ou menos trinta anos e careca, que parecia mais um religioso e por fim um homem que parecia estar armado até os dentes, com dois colts 45 e uma faca, tudo em seu cinto abarrotado de balas, o que dava mostra de quase 100% de chances  que ele seria um pistoleiro.

Então o que parecia mais um janota disse...

- Senhor, meu nome é Will Robertson e não tenho nada a ver com sua procura.

- Eu já notei isso, e se eu quisesse você, nem tinha perguntado, por isso, fique calado.

O homem morrendo de medo, visto que viajava desarmado achou melhor não mais se pronunciar.

Neste momento o menino de oito anos apontou para o mascarado, com o polegar levantado e o indicador na direção dele e disse:

- Bang bang!

Bem rapidamente o mascarado guardou a arma e o pôs no colo. A mulher que estava com o garoto disse:

- Por favor não faça mal a ele. Era só uma brincadeira de criança.

O mascarado olhou nos olhos da mulher e disse:

- Ninguém vai fazer mal ao garoto senhora. Não se preocupe.

Então ele olhou para o garoto e disse:

- Já tinha visto um bandido antes?

CONTINUA...

Alci Santos
Enviado por Alci Santos em 02/03/2023
Reeditado em 03/03/2023
Código do texto: T7731476
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