O GATO, MEU PAI, MINHA MÃE E SUA BOLSINHA

Estava sentada no quintal para o sol secar o meu cabelo,

mas daí meu pai passou

mais minha mãe no desespero.

Tirei o notebook que estava em cima de mim

e coloquei sem muita pressa na cadeira ao lado.

História repetida: o gato caçando e minha mãe atrapalhando o gato.

Não sei o que é mais repetido.

Há também o esquecimento de onde colocou a bolsinha

Minha mãe se arruma, me chama pra ir na rua.

Quando já estamos prontas e saindo, começa: Cadê a bolsinha?

É uma bolsinha preta, pequena, em que ela apoia em todos os lugares.

Já sabemos que será achada, mas como na outra situação; desesperaste!

Meu pai, esse a segue, quando do gato, literalmente junto.

Pega e tira o camaleão da boca do bicho

aos gritos e resmungos.

Sobre a bolsinha segue com a voz: calma que você vai achar!

Depois vem nós filhos: Calma que como das outras vezes iremos encontrar.

Assim são apenas alguns momentos

repetidos, mas que fazem parte da minha vida.

Uma vida por parte comum, pobre e divertida.

Adriana Andrade Afonso
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 31/03/2024
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