Perdido na noite

Breno estava caminhando na manhã gélida e sombria. O céu estava vermelho, parecia sangue, um raio riscou o chão, deixando-o apreensivo. Um trovão, outro raio, agora onde ele estava. Sentiu uma tontura e apagou, caiu ao chão Inerte e desacordado . Quando acordou era noite, o chão era feito de uma matéria mole, quando pisava parecia que seu pé entrava no chão, mas isso não acontecia. Olhou para o céu e viu cinco luas, cada uma de uma cor. Ficou confuso. O que era aquilo? Não podia ser. Olhou para frente e quase desmaiou, viu um monstro, olhos grandes, cabeça pequena com uma antena no meio da testa, o corpo gosmento, a boca grande com dentes afiafos, pés enormes. Olhou para o monstro e o monstro olhou para ele e falou, sua voz era compreensiva, mas parecia com um choro:

- Você acordou. Tava preocupado. Pensei que havia morrido.

Ouvindo aquilo Breno pensou está ficando louco. Por que ele estava preocupado com ele? Um monstro que nunca tinha visto. Ficou mudo. O monstro falou novamente com aquela voz que mais parecia um choro:

- Meu filho você está bem? Sua mãe estava preocupada.

Breno ouvindo o monstro chamá-lo de filho, olhou para suas mãos, seu corpo... Ele era um monstro, idêntico ao monstro a sua frente. Seu peito acelerou e caiu desmaiado no chão. Ao acordar, abriu os olhos, percebeu que ainda era noite, estava deitado numa cama de hospital, ficou aliviado, tudo tinha sido um pesadelo, pensou, até entrar no quarto aquele monstro novamente. Ao vê-lo gritou:

- Socorroooo! Socorroooo!

O monstro parou.

- Te acalma! Filho. Vim te buscar. Falou vindo em sua direção. Breno não se conteve e desmaiou novamente. Daí em diante não acordou mais.

Mário de Almeida

o poeta Castanhalense

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