Segredos de estado

The Parliament building, Wellington, Nova Zelândia

- 20 Horas e cacetada de vôo e nem sequer um minuto para um café - Resmungava o Brasileiro em português, levemente irritado enquanto era conduzido á uma saleta interna ao prédio do parlamento Neo-Zelandês por um segurança.

Ao chegar na saleta, haviam mais quatro pessoas. Logo percebeu que todos eram de diferentes nacionalidades. Nenhum deles estava para conversar. Todos sentados e quietos na mesma mesa. Celulares haviam sido retirados e uma longa revista havia sido feita antes de adentrarem na sala. Em frente á eles, dois homens armados aguardavam em silêncio, observando-os o tempo todo. A morbidez foi levemente quebrada em menos de cinco minutos por um homem de cabelos grisalhos que adentrou na saleta ordenando que a porta fosse fechada atrás dele.

- G'day! - Dizia com um forte sotaque australiano. Espero que tenham feito uma boa viagem! Thomas, por favor, traga um café para o Brasileiro ali. - Virou-se para o Brasileiro e disse: - Nós prestamos atenção em tudo aqui neste edifício.

- Por que estamos aqui? Perguntou uma mulher com um sotaque russo.

- Direta. gosto disso. - Continuou o australiano. - Lamento a urgência na qual tivemos de trazer vocês, mas o momento exigiu. Nos próximos três meses, este lugar será a casa de vocês. Escalamos cada um de vocês conforme vossos skills.

- Escalaram? - Agora um homem aparentando seus 40 anos com um forte sotaque do oriente médio se manifestava - Você quis dizer chantagearam?

A face do Australiano mudou e o sorriso desapareceu. dez segundos em silêncio e ele mudou o modo da conversa:

- Brasil, Russia, Paquistão, Israel e Mexico. Todos vocês destruíram suas vidas pelos seus próprios atos. Não nos culpe. Estamos dando uma oportunidade de que vocês sigam uma vida significativa. Ou podem muito bem permanecer atrás das grades ou executados em vossos países. Isto é negócio, Youssaf. 20 anos no serviço secreto do paquistão e ainda faz este tipo de pergunta idiota? Eu sou o comandante aqui. Esses caras de pé ali têm minha total permissão para atirar em qualquer um de vocês. Vocês podem colaborar, ou simplesmente escolherem a morte. Ou melhor que isto, um inferno em de torturas antes disso. Fui claro?

- Como cristal - interrompeu o Brasileiro. - Nos diga, senhor que eu não sei o nome ainda, o que quer de nós?

- Todos os sul-americanos são compráveis assim? - Indaga o paquistanês

- Você ouviu o bom moço, é o que ele quer ou a morte, então a oferta é generosa, "mate".

- Antes de prosseguir, vou apresentar cada um de vocês, já que serão um time. Primeiramente Gostaria de apresentar Agnessa Kurnovich, da Russia. Desenvolveu uma grande carreira como especialista em criptografia. E claro, em como quebrar a mesma. As cosias deram muito errado após seu pequeno... Tráfico de informações? - Ria o australiano. Ao seu lado, o falante Brasileiro. Você tinha uma bela carreira como consultor de tecnologia transacional. Uma pena o que houve com você após o acordo do seu congresso com o FBI e a caça aos anonymous BR durante o movimento "Não vai ter copa", não é? Espero que tenha gostado de passar uma semana na prisão brasileira. Eu gostaria de ter lhe deixado lá por duas, ou ver o que seria da sua viagem forçada aos EUA. E o que dizer do paquistanês ranzinza aqui? habilidades com 42 armas diferentes? Extrema habilidade em entrar e sair de qualquer lugar? nunca erra um tiro? GEEEZ! Você teria sido executado ontem por crime contra a nação, estou correto? Uma coisa parecida aconteceu com você, Sarah? Como foram seus 15 anos como agente de inteligência da mossad simplesmente desfalecendo? E claro, não posso esquecer do nosso amigo, Carlos. Um dos melhores engenheiros de telecomunicação das américas, talento puramente desperdiçado após atropelar e matar uma pessoa nas ruas estando completamente bêbado. 12 anos de prisão, não foi? Todos vocês foram de 100 a zero em minutos, e se não fosse por mim estariam todos desperdiçados. Mas neste prédio, farão o impossível acontecer.

- Por que Nova Zelândia? - Pergunta Agnessa

- Neste país estamos nêutros e afastados do mundo. Aqui temos liberdade para executar nossas operações e também em me livrar dos corpos de vocês se necessário. Agora sem perder tempo, este time já tem a primeira missão. - Enquanto terminava de falar, retirava pastas vermelhas de sua bolsa e entregava para cada um.

- Não trabalhamos para o governo daqui. E também não irão saber para quem trabalhamos.

(Continua)

Marcello Morettoni
Enviado por Marcello Morettoni em 31/01/2017
Reeditado em 31/01/2017
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