CONTO DE NATAL

Capítulo I

Beto é mais um jovem de 21 anos que pensa em vencer na vida. Seus pais Arnaldo e Morgana lhe deram todo apoio desde cedo para os estudos, mas recentemente abandonou a faculdade de Medicina, julgando que sua área não era aquela. Ele está nesse momento na sala de sua casa, acabando de contar isso, no meio da noite, preparando-se para sair:

– Francamente Beto, você nos fez investir essa quantia toda em você e agora você larga essa faculdade, em pleno mês de novembro! Beto intervém com uma garrafa de vodka nas mãos:.

_ Pai, mãe, por favor, me entendam, não é aquilo que eu queria, a gente tem o direito de escolher e de errar, não é?

– Estou com você Beto, disse sua mãe. Mas a propósito, quando você vai largar seus vícios? Eu nunca fumei, nunca bebi somente seu pai, isso não leva a nada! Arnaldo por sua vez retrucou:

_ Infelizmente, quando você era criança, você me viu beber algumas vezes com amigos em churrasco, mas depois parei quando comecei a ter problemas de estômago. E lá se vão quase dez anos que não tenho vício algum.

_ Pois é pai, eu vi seu exemplo e quando cresci resolvi fazer a mesma coisa. Não aguento a vida quieta e religiosa que a gente se meteu. Não pode fazer isso, não pode fazer aquilo! Eu gosto é de balaaaada! E engole de uma só vez mais um copo e sai correndo.

_ Beto, volte aqui, você está bêbado, não pode sair! Disse sua mãe.

– Eu vou atrás dele! Emendou Arnaldo.

_ Posso ir com você? Perguntou Morgana.

Arnaldo responde-lhe negativamente. Beto que já aprendera a dirigir, estava com a chave do seu próprio carro. Sai em direção a uma casa noturna de festas e seu pai vai atrás dele, com outro carro.

Capítulo II

Beto chega à boate Banho de Lua acompanhado de sua namorada. Logo pergunta para ela:

- Vamos dançar? Sim, respondeu Renata. Eis que o celular de Beto toca nesse momento:

-- Alô!

– Chefia! Acabamos de raptar seu pai. Você não pagou a sua parte no tráfico do pó. A gente quer R$ 15.000,00 e enquanto você não liberar a verba, seu pai não será solto.

– O que? Eu falei que vou pagar! E desligam o celular do outro lado. Beto diz baixinho: Puxa, meu pai investiu quase 1 ano na minha faculdade e o tanto que estão exigindo é aproximadamente o valor que meu pai pagou até agora.

– Amor, que está acontecendo? Segue-se uma pausa. Beto está petrificado.

– Sequestraram meu pai, Renata! Beto fica triste. Eu preciso ir para casa agora.Ambos se abraçam.

– Sabe Renatinha. Não tenho pique para mais nada hoje.

_ Claro Beto! Você está coberto de razão! Beto pega nas mãos de Renata e diz:

– Vamos embora!

_ Claro amor! Estou com você!...

Capítulo III

Chegando em casa altas horas da noite...

_ Filho, onde você foi? Seu pai não chegou até agora indo atrás de você!...

– Mãe! Se prepara...

– Calma amor! Diz Renata.

– Fala logo, estou ficando nervosa...

– Sequestraram papai! Morgana grita e cai no sofá

_ Renata, me ajuda aqui! Beto fala desesperado.

– Vamos explicar tudinho para a senhora, D. Morgana.

Morgana fala, com voz trêmula, enquanto Renata vai buscar um copo de água com açúcar

- Viu o que você fez Beto! Queríamos tirar você de uma situação ruim e agora entramos em outra pior, diz Morgana.

– Mãe, me envolvi em drogas, não paguei e os seqüestradores estão pedindo R$ 15.000,00. Morgana dá um novo grito.

- Vamos avisar a polícia agora mesmo! Morgana declara isso com determinação. Beto por sua

vez diz:

-- Amanhã cedo eu vou à delegacia mais próxima e dou parte. Vamos dormir!

- Não sei se vamos conseguir, fala Morgana aos prantos.

- Beto e Renata a abraçam no sofá e em seguida dormem..

Capítulo IV

Ao amanhecer....

- Como vamos passar o Natal, as festas em família, com os amigos, este ano sem seu pai?

- Calma, mãe, não fica assim! Vamos confiar em Deus. Vocês não estão sempre dizendo para a gente ter fé! Vamos acreditar que iremos tirar o papai dessa!

- Eu queria ter a sua fé filho, mas estou muito fraca e nervosa. Quase não preguei o olho esta noite.

– Pode contar comigo para qualquer coisa D. Morgana!

- Obrigada Renatinha! O celular de Beto toca

– Alô! Sim, é ele. Aguardo!

_ Pai!... Onde você está?

– Eu estou num casebre afastado da cidade. Me trouxeram para cá. Não conheço esses caras. Mas eles dizem que te conhecem. Eles querem um resgate não é. Vou te explicar direitinho o que você deve fazer tá?

- Sim pai! Nós faremos qualquer coisa por você. É só falar o local onde devemos depositar o dinheiro! Entendi. Tchau pai, te amo! Quer falar com minha mãe?

– Quero! Oi querida!

- Podemos confiar nessas pessoas? Pergunta Morgana.

– Vamos fazer a nossa parte. Do resto Deus cuida. Um beijo querida. Te amo!

– Também te amo querido. Vamos fazer tudo como você falou. Não vejo a hora de você voltar para a gente planejar as festas de fim de ano. Vamos pedir para ser realizada uma corrente de oração por você.

– Vou precisar mesmo querida. Um beijo. Fiquem com Deus.

Capítulo V

Beto saca o dinheiro para ser entregue aos seqüestradores e o coloca no local combinado . À noite todos estão apreensivos:

– Não vejo a hora da chegada do Arnaldo!

-- Com certeza mãe. Nós fizemos tudo o que manda as normas de segurança e o que é mais importante: Confiamos em Deus. A campanhia toca. Morgana foi atender.

– Meu bem! Que bom ter você de volta. Beto e Morgana o abraçam por uns 20 segundos.

– Pai! Perdoe-me, pois fui eu que provoquei tudo isso.

– Filho, não se culpe. O importante é que estamos todos bem.

– Sr. Arnaldo, Beto tem mais coisas para te falar, completa Renata

– Então vamos nos sentar, disse Morgana.

– Sabe pai, eu errei em ter parado de estudar e nessa noite quero anunciar que estou voltando!

– Ô querido! Que bom!

_ Pelo visto vamos ter uma Natal muito feliz esse ano!

Capítulo VI

Passaram-se vários dias depois. Arnaldo e Morgana fizeram uma ceia na véspera do Natal.

– Vamos brindar com esse refrigerante o meu resgate, a volta de Beto para os estudos e...

– O meu noivado com Renata! Disse Beto.

– Mas quanta surpresa! Bem que eu desconfiei quando você me pediu para convidarmos os pais de Renatinha para esta ceia! Diz Arnaldo alegremente. Todos estão felizes.

Nesse momento, Beto pega as alianças e os pais de ambos os noivos param para assistir à colocação dos anéis. Em seguida todos brindam a felicidade dos pombinhos.

– É muito importante ressaltar que nos últimos dias larguei meus vícios. Agora meu “vício” é: Cristo na minha vida, o trabalho que arranjei os conselhos de meus pais e o meu futuro lar com Renata. Todos batem palmas e dizem: Vivaaaaa!

- Vamos orar nesse momento e vou pedir ao Beto que ore.

- Onipotente Deus que estás nos céus! Obrigado porque mandaste Jesus para vir ao mundo nos resgatar do poder das trevas. Obrigado Ó Deus, porque fui resgatado por Ti quando entreguei minha vida a Cristo e obrigado Senhor, porque por duas vezes resgataste meu pai.. Que todas as pessoas do mundo possam conhecer a JESUS de verdade como Salvador e Libertador e o verdadeiro sentido do NATAL.

FIM

PEDRO EMANUEL LUCIO
Enviado por PEDRO EMANUEL LUCIO em 06/01/2012
Código do texto: T3424810
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