A liberdade da flor

Era uma vez uma flor que estava cansada de viver presa ao galho:

_ Ah, como queria ganhar asas e voar!

E se abre com o estalar do vento e o estremecer dos ramos.

_Os raios do sol já me sobem no ar, fala dividindo-se em cinco partes.

E as estruturas levantam-se do cálice, arrastando cheiros a ensaiar um voo, fazendo círculos, confundindo-se com as folhas secas no cair da tarde: uma a uma cambaleiam ao chão.

Uma das pétalas ainda suspende a cabeça, frágil, amarelada; e então repousa maculada pelo sangue do androceu.

Depois, tudo é iluminado. Eram as estrelas abertas a esbanjar luzes na terra e no céu, porque a natureza tinha o que fazer.

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 26/01/2011
Reeditado em 26/01/2011
Código do texto: T2753957
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